Em Maringá, ‘cemitério de aviões’ no aeroporto guarda aeronaves que custam milhões de reais
Parte do Aeroporto Regional de Maringá está reservada para acomodar aeronaves sem uso atualmente que valem milhões de reais quando em boas condições. Quase um “cemitério de aviões”, o espaço, alugado por terceiros para guardar monomotores e jatos, tem hoje seis aeronaves paradas.
São aviões particulares e outros apreendidos pela Polícia Federal, alguns sendo mantidos no local há mais de quatro anos, de acordo com o diretor de operações do Aeroporto de Maringá, Murilo Martins.
Entre os aviões guardados no aeroporto estão aeronaves Falcon 10, Westwind II e Embraer EMB-721 (sertanejo). Segundo Martins, alguns aviões, quando em bom estado de conservação, chegam a custar U$ 1,2 milhão.
Para modelos particulares, um dos principais motivos para que sejam mantidos no local é a falta de acordo comercial entre proprietários e empresas para garantir a manutenção das aeronaves. Enquanto não há solução, os aviões continuam guardados nas dependências do aeroporto, e os responsáveis arcando com os custos dessa “hospedagem”.
“Não existe prazo máximo para estarem nas dependências do aeroporto. Por estarem em área do aeroporto, está sendo gerado diariamente cobrança de tarifa de estadia”, explica Martins.
Algumas das aeronaves estão paradas há tanto tempo que podem nunca mais voltar a voar. Para o diretor de operações do Aeroporto de Maringá, os custos com a reparação dos aviões para que eles tenham condições de voar novamente podem ser mais altos do que o valor da própria aeronave.
Enquanto isso, os aviões permanecem estacionados, sem uso, se deteriorando com o tempo.