30 de março de 2025

Empresas que marcaram época em Maringá entre as décadas de 1950 e 2000


Por Ivy Valsecchi, com Projeto Maringá Histórica Publicado 09/04/2022 às 11h30 Atualizado 20/10/2022 às 17h31
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Elas já não estão mais em funcionamento, mas com certeza se mantêm vivas na memória de muitos maringaenses. Se você viveu essas épocas, provavelmente irá se lembrar. Se não viveu, é possível que tenha ouvido histórias sobre esses lugares. O Portal GMC Online preparou uma lista com empresas de diversos setores que marcaram época na Cidade Canção. As informações estão documentadas no site do projeto Maringá Histórica. Confira: 

Churrascaria Galeto Sulino

Empresas que marcaram época em Maringá entre as décadas de 1950 e 2000

Fundada em 9 de janeiro de 1962, a Churrascaria Galeto Sulino funcionou na avenida XV de Novembro, número 840 e foi um dos estabelecimentos que mais marcaram a memória dos maringaenses. Por mais de 40 anos, o casal Luiz Pedro Poltronieri e Olivia Poltronieri foi proprietário do local. Segundo depoimentos de Olivia, quando o casal chegou na cidade para fundar o restaurante, Maringá não tinha churrasqueiros com experiência e seu marido, Luiz, teve que trazer profissionais de Curitiba. 

Frigorífico Central

Fachada do Frigorífico Luso-Brasileiro Central, em maio de 1992.

Localizado no final da avenida Itororó, o Frigorífico Central ganhou grande destaque entre as décadas de 1950 e 1980, sendo um dos mais importantes da região e um dos mais modernos do Brasil. No início de sua operação, a via onde ele estava instalado chegou a ficar conhecida como estrada “Boiadeira”, devido ao grande fluxo de animais que seguiam para o abate. A empresa foi fundada em 1954 com o nome de Frigorífico Luso-Brasileiro Central pelos portugueses Joaquim Duarte Moleirinho e Joaquim Gomes Caetano. Ocupava uma área com quase 20 alqueires ao lado do Bosque II. Um dos produtos de destaque era a mortadela central.

Casas MM

Registro da Casas MM feito em fevereiro de 1976.

O estabelecimento comercializava tecidos e confecções e ficava instalado na avenida Brasil (onde hoje está a Casas Bahia), entre a avenida São Paulo e a rua Piratininga. 

Churrascaria Guarany

Raríssimo registro da Churrascaria Guarany, provavelmente, na década de 1960.

De propriedade de Cildio Castanho e sua esposa, dona Aurora, esse estabelecimento ficava na rua Néo Alves Martins, onde hoje está o Hotel Golden Ingá.  Embora fosse de madeira e bastante rústica, segundo relatos, a Churrascaria Guarany tinha uma bela decoração interior. Em 1965, Pelé esteve na churrascaria. Veja abaixo.

Registro do jogador Pelé na Churrascaria Guarany, possivelmente, em maio de 1965.

Pelé, aparece de terno preto ao lado dos garçons que estão de terno branco e esteve na cidade junto de seu time, o Santos, para jogar contra o Grêmio Esportivo Maringá (GEM). O confronto ocorreu no dia 16 daquele mês, com o time paulista vencendo por 11 a 1. 

Bar e Sorveteria Oriental

Registro do interior do Bar e Sorveteria Oriental, possivelmente, na década de 1970. A colorização e o tratamento foram feitos pela equipe do Maringá Histórica.
Registro do interior do Bar e Sorveteria Oriental, possivelmente, na década de 1970. A colorização e o tratamento foram feitos pela equipe do Maringá Histórica.

Localizado na rua Santos Dumont próximo da avenida Getúlio Vargas, esse estabelecimento marcou a memória dos moradores da época como o local que comercializava o melhor sorvete da cidade.

Hermes Macedo S.A.

Uma das poucas imagens que registrou, pelo menos, parte da fachada da loja Hermes Macedo S.A., de comércio varejista, que ficava localizada na Rua Santos Dumont esquina com a Rua Basílio Sautchuk, ao lado da Prósdocimo. Ao julgar pelos cortes das árvores que ficavam na que ficou conhecida como Praça da Rodoviária, atual Napoleão Moreira da Silva, o registro foi feito no final da década de 1950.

Lojas Prosdócimo

Um raríssimo registro do edifício das Lojas Prosdócimo, localizado na Rua Santos Dumont esquina com a então Rua General Câmara (atual Basílio Sautchuk). O local era considerado um dos estabelecimentos varejistas de maior referência da época. No local, hoje funciona a sede da Associação Comercial e Empresarial de Maringá.

As Lojas Prosdócimo formavam uma rede de eletromóveis que estava instalada em diversas cidades do Paraná. A empresa foi vendida para o grupo Arapuã, quando o setor passava por um período economicamente complicado. Esse foi o mesmo momento que outras redes acabaram fechando: Mappin, Mesbla, Disapel e Hermes Macedo.
Após a venda da empresa, um dos filhos de João Prosdócimo constituiu a Refripar, fabricante de eletrodomésticos, e adotou o nome da família para assinar a marca. Os produtos Prosdócimo, da chamada linha branca, passaram a ser sinônimo de qualidade.

Supermercado Musamar

Supermercado Musamar em junho de 1978.

Localizado na esquina das avenidas Colombo e Paraná, sua área foi originalmente prevista para ser ocupada por um hospital público. Como as obras não foram executadas, o espaço abandonado se transformou na favela Santa Maria Goretti. O Supermercados Cravinho foi construído nesse terreno quando houve a sua desocupação. Em 1974 o Musamar assumiu as operações desse ponto e, em 1995, a loja nº 1 do Hipermercados Condor foi inaugurada nessa área, seguindo até hoje em operação. 

Horto Mercado

Registro do interior do Horto Mercado em maio de 1975.

Em outubro de 1962, as obras do Mercado Municipal de Maringá, localizado na avenida Mauá esquina com a avenida São Paulo, estavam paralisadas. Essa estrutura se tornou um grande problema de solução quase impraticável. Tendo assumido a construção, a prefeitura não pôde dar continuidade porque precisava respeitar os direitos adquiridos pelos compradores de seus boxes. Além disso, a construtora não tinha mais condições de seguir com as obras. No início dos anos 1970, foi prevista para o local a implantação do Centro de Abastecimento de Maringá e Região (CEAMAR).

Contudo, foi somente em maio de 1975 que o espaço entrou em funcionamento, mas como Horto Mercado. Mantido pela COBAL (Companhia Brasileira de Alimentos), o Horto Mercado foi uma iniciativa do governo federal. Funcionou praticamente durante dois anos, e fechou as portas no dia 28 de abril de 1977. Apesar de os motivos não terem sido esclarecidos, supõe-se a baixa comercialização dos itens. No final dos anos 1980 esse galpão se transformou no Shopping Avenida Center. 

Restaurante, Choperia e Churrascaria Império

Restaurante, Choperia e Churrascaria Império, em registro da década de 1960.

Localizado na avenida Paraná esquina com a avenida Carneiro Leão, este estabelecimento foi fundado por Miranda “do cachimbo”, um português viajante, na década de 60. Depois, foi adquirido pelos irmãos Afonso e Paulinho Schoffen. 

O recorte mostra um anúncio veiculado no final dos anos 1970, década que um trio de outros garçons ficou muito famoso pela qualidade no atendimento. Eram eles: Mário, Arlindo e Sérgio. Este foi um dos locais favoritos da imprensa e dos políticos maringaenses. Segundo dizem, também era o lugar que servia a melhor feijoada da cidade. Por fim, o Restaurante Império foi adquirido por Oswaldo Vargas Luz, o Oswaldinho, que ficou à frente do estabelecimento até encerrar as atividades. 

Retificadora Yokoyama

Raro registro da Retificadora Yokoyama, possivelmente, no início dos anos 1970. 

Localizada na avenida Mauá esquina com a avenida Pedro Taques, o prédio abrigava diversos luminosos em neon, estrutura que era tendência para destacar a fachada dos estabelecimentos naquele período.

Churrascaria Chopim

Fachada da Churrascaria Chopim que ficava no Parque de Exposições. 

A imagem foi feita em abril de 1979 e mostra Irani, Jefferson, Adriano Penha e Geovane, funcionários do Banco do Brasil de Cruzeiro do Oeste que almoçaram na cidade.

Casas Alô Brasil

A unidade da Casas Alô Brasil de Maringá funcionou, inicialmente, na avenida Paraná esquina com a rua Fernão Dias. Como grande atacadista, comercializava e distribuía produtos de secos e molhados para diversos estados. A imagem mostra o estabelecimento em 1977.

Na madrugada de 25 de março de 1984, um incêndio de grandes proporções se alastrou pelos armazéns da empresa. Durante 42 horas de fogo intenso, mercadorias, equipamentos e documentos da empresa foram perdidos. 80 homens do Corpo de Bombeiros trabalharam intensamente sob o comando de Miguel Kfouri Neto – três deles ficaram feridos. 

Mesmo com tamanho efetivo que pôde atender rapidamente a ocorrência – o departamento de Corpo de Bombeiros estava, literalmente, ao lado da Casas Alô Brasil – devido as diversas explosões, somente uma forte chuva conseguiu debelar as chamas após quase dois dias. Segundo depoimentos, esse foi considerado um dos maiores incêndios de toda a região de Maringá. 

Depois do fato, a empresa transferiu sua unidade para a antiga Zona Industrial, ao lado da Sanbra. Em dezembro, a Alô Brasil fecharia as portas de diversas filiais, incluindo a de Maringá, justificando a crise econômica nacional.

Pão de Açúcar Jumbo

Em 24 de junho de 1982, o Supermercado Pão de Açúcar JUMBO realizou uma grande festa junina na unidade de Maringá.

Localizado na avenida São Paulo, este estabelecimento foi inaugurado em 1975 com o nome Superbom Supermercados. Em 1978, o grupo Pão de Açúcar adquiriu a rede Superbom, momento em que a unidade de Maringá passou a operar como Pão de Açúcar – Jumbo. Depois, o supermercado se transformou em Jumbo Eletro, Mufatão, Mercadorama, até chegar ao atual Muffato Gourmet. 

Car-Wash

Alguns locais públicos tendem a ficar popularmente conhecidos pelos estabelecimentos das proximidades. A praça Napoleão Moreira da Silva, por exemplo, é conhecida como praça das Pernambucanas. Outro exemplo é o da Praça Manoel Ribas, que em janeiro de 1986 ganhou um novo nome, quando ficou popularmente conhecida como “praça do Car-Wash”. Isso se deve a inauguração da choperia dos irmãos Jorge e Júlio Hilgermberg. O Car Wash Choperia nasceu com uma proposta inovadora para Maringá. Enquanto os proprietários esperavam seus veículos serem lavados, podiam desfrutar de um pequeno bar que havia no local. Com o tempo o lava rápido perdeu espaço para o bar, mas o nome permaneceu. 

Com o sucesso, o espaço foi remodelado, vindo a ser reinaugurado em 8 de novembro de 1989. A partir daquele momento, o Car-Wash passou a contar com instalações mais amplas, em estilo hexagonal. Com projeto de Claudinei Vecchi, a choperia foi apresentada com amplos janelões, que ofereciam melhor circulação de ar, guarda-sóis multicoloridos na parte externa, além de fachada com luminosos. Com shows de música ao vivo, o Car-Wash se tornou ponto de encontro da elite maringaense. Em 2017, depois de 30 anos de atividades, o estabelecimento fechou as portas. 

Reinauguração da Car Wash, em novembro de 1989.

Aeroanta

Maringá já esteve na rota dos grandes shows de rock, pop e MPB. Entre 1997 e 1998, a cidade teve algumas casas de espetáculos que funcionaram simultaneamente e foram responsáveis por esse movimento artístico. Entre elas, sem dúvidas, uma das que marcou a memória dos maringaenses foi o Aeroanta. Em 10 de julho de 1997, a banda Camisa de Vênus se apresentou no Aeroanta Maringá. O Maringá Histórica contou em um vlog a história do lugar. Clique aqui para assistir.

Ópera Bar

Esta é uma rara imagem do Ópera Bar. Possivelmente, o registro foi feito no início de 1996. Ao centro da imagem aparece Ana Lucia Neves, esposa do jornalista Marcelo Bulgarelli. Instalado em uma casa de madeira na avenida Cidade de Leiria, o estabelecimento deu espaço para o Tribo’s Bar a partir de maio daquele ano.

Peixinho’s Bar

Localizado na avenida Tiradentes, nº 1.427. o Peixinho’s Bar, Cervejaria e Petiscaria, foi o ponto de encontro de muitos maringaenses durante anos. O registro em destaque é de 1997.

Lanchão Filé Dourado

A Lanchão Filé Dourado foi inaugurada no final de 1978.  O estabelecimento era de propriedade dos sócios José dos Anjos, popularmente conhecido como Zé do Boi, e Shiguemite Shibar. O Zé do Boi já era conhecido no ramo, pois era também proprietário do Bar Cruzeiro, situado na Estação Rodoviária de Maringá. Instalada na avenida Colombo, n.º 2.929, a Lanchão Filé Dourado atendia durante o dia e a noite. 

Manhattan Disco Club

O Manhattan Disco Club foi inaugurado no início dos anos 1980, sob o comando de Jorge e Valdir Rossi. Localizado na avenida Herval, ao lado do atual Hotel Deville Maringá, a casa noturna fazia referência a ilha de Manhattan, em Nova York, com sua decoração cosmopolita. Alguns de seus painéis foram executados pelo artista plástico Marcos Antonio Dias de Oliveira, o popularmente conhecido Mado.

Apoteose

Raro registro da fachada da Apoteose ao longo da década de 1990.

Raros registros da casa noturna Apoteose, que foi inaugurada em março de 1991.
Localizada na avenida Paraná, nº 577, o estabelecimento tinha capacidade para atender até 900 pessoas. Nele foram realizados diversos eventos e shows até a data de seu fechamento, que se deu no final de 1997.

Amérika Music Hall

Imagens da boate que ficou muito conhecida entre os jovens ao longo da segunda metade da década de 1990.
A Amérika Music Hall foi inaugurada em 1995, no prédio que havia sido ocupado pela Kalahari, em cima do Cine Teatro Plaza. O local foi ponto de encontro dos amantes da música eletrônica que estava em alta na época. 

Bar Cisne

De propriedade de Ulisses de Souza, popularmente conhecido como Sr. Lico, o Bar Cisne funcionou ao longo das décadas de 1970 e 1980 na Estação Rodoviária Municipal (que passaria a lavar o nome de Américo Dias Ferraz). 
A imagem é do início dos anos de 1980.

Bar Nashville

Em junho de 1987 foi inaugurado um novo bar em Maringá: Nashville. Localizado na avenida Cerro Azul, o estabelecimento dispunha de pistas de dança (rápida e lenta), barzinho com diversas opções de drinques e porções (que era administrado pelo Valle Verde Drink’s), sala para bate-papo com dois ambientes e uma sala especial com vídeo-cassete. Funcionando aos finais de semana (sextas e sábados a partir das 22h, e aos domingos das 16 às 22h), a Nashville contava com som e iluminação da equipe da Metal Laser. 

Star Night Drink’s

Localizado na avenida Juscelino Kubitschek quase esquina com a então avenida Anchieta (hoje, São Paulo), o Star Night Drink’s foi inaugurado em dezembro de 1990. O bar-executivo foi apresentado como de alto estilo, sendo um espaço diferenciado e com muito conforto. Tratava-se de um local para encontros românticos, fraternais ou para a realização de negócios. Seu slogan na inauguração foi “Nasce uma estrela na vida noturna de Maringá”.

Vídeo Clube Cidade Verde

As foros são registros da Vídeo Clube Cidade Verde, de Osvaldo Luiz, em dezembro de 1988.
Localizada na avenida Tiradentes, nº 867, a locadora de filmes em formato de VHS foi a primeira da cidade a instalar em seu interior um bar executivo, onde os clientes podiam debater sobre cinema. Naquele ano, contabilizou-se seis mil aparelhos de vídeo-cassete espalhados nas residências de Maringá, transformando as locações de filmes em um ramo muito lucrativo, embora exigisse conhecimento e bom relacionamento com as grandes distribuidoras.
Anos depois, a Vídeo Clube Cidade Verde entrou também no segmento de vídeo-games.

Balfar S/A – Indústria Brasileira de Móveis

A Balfar S/A – Indústria Brasileira de Móveis foi fundada em 19 de janeiro de 1973. Localizada na avenida Colombo, n.º 1626, a empresa ocupava um terreno com 48.400 m², tendo 16 mil m² de áreas construídas. No início da década de 1980, a Balfar somava 200 funcionários e um faturamento mensal médio de Cr$ 200 milhões. Diversas instituições haviam sido mobiliadas com móveis fabricados pela Balfar naquela época: auditório da UEM, ACIM, Câmara dos Deputados de São Luiz-MA, Hotel Deville em Maringá, entre outros. 

Lanches Chefão – O primeiro prensado de Maringá

É difícil precisar o marco-zero do cachorrão prensado maringaense. Contudo, há indícios que nos apontam para o Lanches Chefão, que entrou em funcionamento em abril de 1985.

De propriedade de Juvenil Tavares, o empreendimento teve início na avenida Colombo esquina com a avenida Pedro Taques. Após um ano de funcionamento, outros carrinhos foram espalhados por diversos outros pontos de Maringá.
Juvenil Tavares contou que, em 1980, ele viu um trabalho de lanches bastante interessante em São Paulo e resolveu trazer a ideia para cá. A inovação ficou por conta da instalação de uma chapa de prensa dentro do carrinho de lanches, até então não utilizado, segundo Tavares, em nenhum lugar do Brasil. De pronto, os consumidores adoraram a ideia e rapidamente aderiram àquele novo formato de lanche. Após isso, os demais carrinhos concorrentes passaram a utilizar o mesmo modo de preparo e o prensado ganhou o gosto popular. Os carrinhos do Chefão Lanches funcionaram até 1992. Na sequência, Juvenil Tavares abriu uma casa de lanches na avenida Riachuelo, ao lado do então Cine Horizonte, que levava o mesmo nome de seu empreendimento de sucesso. 

Balcão de atendimento da casa de lanches montada ao lado do Cine Horizonte. 

Três anos depois, o seu proprietário encerrou as atividades gastronômicas e iniciou os trabalhos como pastor de uma igreja evangélica em cidades do interior do Paraná. 

Lanchonete Pingo D’Ouro

Raros registros da Lanchonete Pingo D’Ouro, localizada na avenida Getúlio Vargas. Possivelmente, as imagens foram feitas na década de 1970. Esse foi o estabelecimento que passou a ocupar a área do Bar Colúmbia, de propriedade do empresário e segundo prefeito de Maringá, Américo Dias Ferraz. Foi ele quem encomendou, na década de 1950, o painel do café, que foi instalado no interior desse local.  De autoria do artista plástico Waldemar Moral, o painel media 2,4 metros de altura por 7,95 metros de largura. Composto por 848 azulejos de 15 x 15 centímetros, o painel do café foi instalado em 1956. Em 2017 a obra foi retirada do local, restaurada e deve ser instalada no futuro Museu Histórico de Maringá, que será estruturado no antigo Aeroporto Gastão Vidigal. 

Casas Karazawa

A foto mostra o interior das Casas Karazawa no início da década de 1970. Na época, o estabelecimento ainda estava na Avenida Brasil, n.º 3.342, (espaço atualmente ocupado pela loja A Brasileira). Ao lado dos irmãos, Rubens Yokohama foi um de seus fundadores, o que lhe rendeu um novo sobrenome, Rubens “Karazawa”. Mais tarde, o estabelecimento foi transferido para a Avenida Herval quase esquina com a Avenida XV de Novembro. Rubens faleceu em um acidente de automóvel em 2012, na cidade de Apucarana, e foi sepultado em sua terra natal, Presidente Venceslau, interior de São Paulo.

Supermercado Catarinense

A imagem mostra o Supermercado Catarinense em novembro de 1990. O estabelecimento ficava na avenida Brasil, quase ao lado da praça José Bonifácio. Aquele foi um período delicado para o grupo Catarinense S/A. Com sede em Maringá, a empresa havia entrado com pedido de concordada em 15 de novembro daquele mesmo ano. Devendo a bancos e fornecedores um montante de Cr$ 250 milhões, seus representantes justificaram a ação devido aos altos juros cobrados e a queda drástica nas vendas. 

A Comercial Catarinense teve início no ano de 1948, em Paiçandu, com uma casa de secos e molhados dirigida pelos irmãos Conrado Andrea e João Mommensohn. A vinda para Maringá ocorreu em 1956, quando foi aberto o comércio no varejo e no atacado na avenida Brasil, nº 4917, próximo à praça José Bonifácio. O estabelecimento, chamado Comercial Catarinense Ltda. funcionou como depositário dos produtos Brahma, secos e molhados, além da venda de ferragens em geral. O primeiro supermercado aberto pela Catarinense foi em Cascavel, no ano de 1971. Em Maringá, o Supermercado Catarinense foi inaugurado em 1976, no mesmo endereço da Comercial. Em 1995, o Grupo Catarinense vendeu suas lojas, que estavam instaladas em cidades do Paraná, São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 

Kalahari

A emblemática casa noturna Kalahari foi fundada em 25 de novembro de 1983, com show do cantor Wando. As operações foram iniciadas ao lado da praça Raposo Tavares, mas a boate acabou sendo transferida para a avenida Cerro Azul em 1995, seguindo com as atividades até 2002, quando foi substituído pela “DOT”. No ano passado, o GMC contou com detalhes a história da Kalahari – clique aqui para relembrar.

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