Equipamento utiliza ondas sonoras para diagnosticar a saúde das árvores

Uma empresa de Recife, que usa ondas sonoras para diagnosticar a saúde das árvores, realizou uma demonstração do aparelho nesta segunda-feira, 4, em Maringá. O município pretende contratar uma empresa terceirizada para realizar o diagnóstico de árvores que precisam de laudos sobre poda e remoção na cidade.
A tecnologia já existe no mercado há algum tempo. Mesmo assim, algumas prefeituras pelo Brasil só estão conhecendo o equipamento agora. O tomógrafo de impulso utiliza ondas sonoras, captadas por uma série de sensores, para fazer um diagnóstico completo sobre a saúde de uma árvore.
O serviço completo leva em torno de uma hora para ser concluído. Um ‘raio-x’ da árvore é feito em tempo real pelo aparelho, agilizando o processo de emissão de laudos, como explica o Engenheiro Florestal Rogério de Oliveira.
“É um equipamento alemão que foi desenvolvido para fazer uma imagem interna da árvore utilizando o som. […] se tiver um oco, uma cavidade, uma podridão, vai ser identificada e projetada nessa imagem que vai ser formada nessa avaliação”, disse o engenheiro.
Uma empresa de Recife, que presta o serviço, fez uma demonstração do equipamento na tarde desta segunda-feira, 4, em uma árvore em frente à Câmara de Maringá. A demonstração foi um pedido do vereador Flávio Mantovani (Solidariedade). Segundo o parlamentar, a ideia é que, caso o município considere o resultado satisfatório, que a tecnologia possa ser contratada para diagnosticar outras árvores pela cidade.
“Acabamos descobrindo essa tecnologia nova que é um ultrassom ou um tomógrafo, depende como se fala, mas é uma tecnologia que, através do computador, o engenheiro florestal consegue fazer uma avaliação rápida da árvore, para saber se a árvore tem raiz ou não, se está oca ou não”, disse Mantovani.
Atualmente, Maringá tem 16 mil pedidos de remoção de árvores, segundo dados da Secretaria de Limpeza Urbana de Maringá. Do total, cerca de 3 mil já possuem os laudos autorizando a remoção ou poda.
O secretário de Limpeza Urbana de Maringá, Paulo Gustavo Ribas, também acompanhou a demonstração. Segundo ele, a Prefeitura pretende contratar uma empresa terceirizada, que utilize o tomógrafo, para realizar o diagnóstico de outras árvores. O serviço custa R$ 398 por árvore. Na primeira licitação, o município pretende pedir o diagnóstico de cerca de 200 árvores.
“Maringá foi considerada, esse ano, como a cidade árvore do mundo, significa que n´s cuidamos da nossa arborização. Nós temos que estar abertos a novas tecnologias para laudar, para estar fazendo um parecer sobre o real estado das árvores. A tomografia é mais um passo que algumas cidades estão fazendo e Maringá não ai ficar de fora. Nós estamos fazendo essa avaliação desse processo, se for interessante, nós iremos colocar na próxima licitação da arborização”, disse o secretário.