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26 de abril de 2024

‘Aprendi que o amor é universal e não precisa ser falado’, diz mãe que criou instituto de autismo em Maringá


Por Creative Hut Publicado 03/05/2021 às 11h35 Atualizado 24/02/2023 às 19h10
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'Aprendi que o amor é universal e não precisa ser falado', diz mãe que criou instituto de autismo em Maringá
Da esq. para dir.: Michele, Heloíse, Álvaro e Gilberto. Foto: Arquivo Pessoal

Após receber o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) do filho, Michele Palma, 41 anos, transformou os medos e incertezas em ação. Junto com o marido Gilberto Braz Palma, 41, fundou o Instituto Maringaense de Autismo (IMA), que oferece atividades e tratamentos pra crianças autistas, além de auxiliar suas famílias.

O termo “TEA” engloba um grupo de afecções do neurodesenvolvimento cujas características envolvem alterações da comunicação – seja linguagem verbal e/ou não verbal -, da interação social, além de comportamentos repetitivos e com gama restrita de interesses.

Álvaro, o primogênito do casal, tem 10 anos e foi diagnosticado com TEA quando tinha cinco anos. “Álvaro tem a melhor expressão dos seus sentimentos em todos os momentos, apresentando sua constante franqueza e sinceridade. Mesmo dizendo poucas palavras, requer um apoio especial em quase tudo e ao mesmo tempo nos ensina o valor da simplicidade da vida”, relatou Michele em entrevista ao GMC Online.

Já a caçula, Heloíse, de 6 anos, surpreende na forma como lida com as dificuldades do irmão. “Heloíse veio para alegrar nossa família, e desde muito pequena nos acompanha na maratona diária de terapias do irmão. Com sua esperteza e doçura, com muito amor e naturalidade, aprendeu rápido a ser uma irmã especial. É uma filha maravilhosa e muito amada que consegue compreender as necessidades do autismo”, relata a mãe.

Para Michele Palma, que é administradora e pós-graduada em TEA pelo ‘CBI of Miami’, ser mãe de uma criança autista trouxe um aprendizado único: “Aprendo, diariamente, que o amor é universal e não precisa ser falado”, afirma.

IMA

Quando receberam o diagnóstico do filho, Michele e Gilberto viajaram o mundo em busca de tratamentos para crianças autistas. Em outubro de 2018, resolveram compartilhar todo o conhecimento que trouxeram na bagagem, fundando o Instituto Maringaense de Autismo (IMA). A sede física da instituição ficou pronta em abril de 2020.

O IMA utiliza como método de tratamento a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), uma área de conhecimento que desenvolve pesquisas e aplicações a partir da análise do comportamento.

O espaço funciona como um centro de terapias focado, principalmente, na prática esportiva e habilidades sociais. O objetivo é proporcionar melhor qualidade de vida, inclusão e respeito para pessoas autistas, além de auxiliar suas famílias. Trata-se de uma “minicidade” para “ensinar” o autista conviver em sociedade.

“Um dos principais desafios de ser mãe de um autista são as incertezas do futuro e a falta de conhecimento para uma melhor inclusão, além de poucos profissionais qualificados”, finaliza Michele Palma.

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