Estudo vai analisar probabilidade de queda de árvores em Maringá
A beleza da arborização de Maringá é um dos destaques da cidade. São mais de 140 mil árvores no perímetro urbano, catalogadas no plano municipal de arborização. Recentemente, Maringá foi eleita pela ONU Cidade Árvore do Mundo.
Mas um dos reflexos negativos da quantidade de árvores na cidade é quando Maringá é atingida por temporais. Centenas de árvores são arrancadas muitas vezes pela raiz quando atingidas pelas rajadas de ventos fortes.
Para tentar se antecipar e encontrar soluções para o problema, a Prefeitura de Maringá assinou um termo de cooperação técnica com a UEM para realizar um estudo.
O professor Diogo Rossoni é coordenador de pós-graduação em bioestatística da UEM. Segundo ele, não é um estudo para identificar a saúde de cada árvore, mas para fazer o mapeamento estatístico dos locais da cidade onde há maior probabilidade de queda de árvores em eventos climáticos, como temporais.
“O monitoramento individual de cada árvore é praticamente impossível […]. Então você usa a estatística. A minha área de pesquisa é na estatística espacial, então, os eventos são georreferenciados, é importante saber a localização da árvore e a probabilidade de queda dado um contexto como vento, clima, chuva, proteção predial, idade do bairro, espécie da árvore. […] É um trabalho bem amplo, nós vamos fazer, primeiramente, uma espacialização dessas árvores, e tentar identificar regiões de risco para que a Prefeitura possa trabalhar com o manejo dessas árvores”, explica o especialista.
De acordo com o prefeito Ulisses Maia, vários fatores explicam a queda das árvores em Maringá. E o estudo vai permitir também mais funcionalidade para os pedidos de corte de árvores, diz o prefeito.
“São vários fatores que podem levar à queda das árvores, mas o que mais explica [as quedas] é que nós temos 140 mil árvores na área urbana. Então é natural que haja, em casos de muito vento, a queda das árvores”, afirma o Prefeito.
Segundo o professor, o prazo para a entrega do relatório é de um ano, mas o trabalho pode ser contínuo.
A assinatura do termo de cooperação técnica foi na manhã desta segunda-feira, 10, no Paço Municipal.
Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.
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