Ex-morador de Maringá relembra carreira na Força Aérea Brasileira


Por Nailena Faian

Nesta quarta-feira (23) é comemorado o Dia do Aviador. A paixão por voar faz com que algumas pessoas optem por essa profissão que atua literalmente no céu, entre as nuvens branquinhas e as de chuva também.

Um desses apaixonados é Mário Sérgio Greskow Martinhão, que dedicou grande parte de sua vida à aviação e chegou a ser comandante da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB), por dois anos, em 2003 e 2004.

Martinhão é nascido em Terra Rica (a 129 quilômetros de Maringá) e se mudou para Maringá com a família em 1968, aos 8 anos de idade. Seu pai era mecânico de avião e despertou nele a vontade de ser aviador.

Movido por esse desejo, Martinhão prestou concurso para a escola preparatória de cadetes. Foi aprovado e em 1975 se mudou para Barbacena, Minas Gerais, para começar a estudar. Na sequência, entrou para a Academia da Força Aérea Brasileira, em São Paulo, onde em quatro anos de estudos adquiriu conhecimento para se tornar piloto militar.

Almejando crescer na profissão, ingressou em outro curso, em Fortaleza, no Ceará, desta vez para ser piloto de aviões de caça. Finalizada mais essa etapa, retornou para a academia da FAB, em São Paulo, onde se tornou instrutor de voo.

Após três anos ensinando, entrou para a Esquadrilha da Fumaça – grupo de pilotos e mecânicos da FAB que fazem demonstrações de acrobacias aéreas pelo Brasil e pelo mundo – e chegou a ser comandante por dois anos.

“Foi muito prazerosa minha profissão. A profissão de instrutor de voo e depois na Esquadrilha da Fumaça foram maravilhosas”, comemora Martinhão.

Ele recorda que passou por duas situações de perigo durante a profissão.

“A atividade aérea é de relativo risco. Sempre que decolamos sabemos que pode acontecer algo e na hora do pouso também. Já passei por situações em que o motor apagou e de pouso forçado. Mas tudo isso com treinamento e doutrina a gente supera”, diz.

O ex-morador de Maringá se aposentou da carreira militar em 2010, mas continuou trabalhando como piloto comercial até 2015. Hoje mora em Brasília e diz estar aproveitando a aposentadoria, voando somente para passear, inclusive para Maringá para ver a mãe que mora na cidade.

“Sinto muita saudade da profissão. Mas todo aviador tem um ciclo de carreira e acredito que o meu tenha se encerrado”, finaliza.

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