Exibição de Curtas ‘Kbela’ e ‘O Dia de Jerusa’ aborda vivências e olhares das mulheres negras na UEM

Por Redação GMC Online Publicado 05/12/2025 às 15h46

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O projeto de extensão “Imagens Insubmissas: Memória Visual na Améfrica Ladina”, do curso de Comunicação e Multimeios da Universidade Estadual de Maringá (UEM), realizará na próxima quarta-feira 10, uma sessão especial de cine-debate com os curtas-metragens “Kbela” (2015), de Yasmin Thayná, e “O Dia de Jerusa” (2014), de Viviane Ferreira. A exibição será realizada na Sala Cine UEM e tem como tema “Vivências e Olhares das Mulheres Negras”.A atividade integra a programação de debates sobre visualidades, decolonialidade e memória afro-indígena no audiovisual.

CINEUEM-128 — Foto: Matheus Branco/@mbartfotos

Após a exibição, haverá um debate com a participação da professora Maylla Chaveiro, pesquisadora das relações étnico-raciais com extensa atuação no campo da psicologia africana, corporeidade negra, branquitude, gênero, sexualidade e interseccionalidade. Pós-doutora pela UFGD e doutora pela UFSC, Maylla é coordenadora da Liga Acadêmica Sankofa de Relações Étnico-Raciais (UFTM) e do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Relações Étnico-Raciais e Psicologia (NEGREPSI). É autora de mais de 20 artigos e dos livros “Psicologia Clínica Africana: Teoria e Prática”, “Cabelo crespo e infâncias negras: Interseccionalidade e Afrofuturismo”, e “Marchas de Orgulho Crespo e Infâncias Negras”. A mediação será conduzida por Renata Santos, professora do curso de Comunicação e Multimeios e integrante do projeto.

Sobre o projeto Imagens Insubmissas

Inspirado no conceito de “Améfrica Ladina”, de Lélia Gonzalez, o projeto de extensão trabalha com perspectivas afro-indígenas e decoloniais da memória visual latino-americana. Apoiado em autoras e autores como a própria Lélia Gonzalez, Sueli Carneiro, bell hooks, Silvia Cusicanqui, Walter Mignolo e Nicholas Mirzoeff, o projeto estuda o papel de museus, arquivos e narrativas institucionais na manutenção de um imaginário eurocêntrico que apaga heranças afro-indígenas.

Segundo o coordenador , professor Diego Amaral, a mostra é significativa para inaugurar a programação do projeto:

“O projeto Imagens Insubmissas surge com a missão de pensar criticamente a memória visual brasileira. Nesse processo, trabalhamos com temas ligados à memória, imagem e cultura visual, priorizando produções de artistas indígenas e da diáspora africana no Brasil. Por essa razão, para nós é uma satisfação ter como abertura do projeto um evento sobre vivências e olhares de mulheres negras. Também ficamos muito felizes em contar com a professora Maylla Chaveiro, que atua na clínica e na pesquisa em áreas ligadas ao nosso tema, e com a mediação de nossa coordenadora, a professora Renata Santos. Nossa expectativa é que o debate sobre os filmes e a conversa entre as professoras e as pessoas presentes contribuam para a formação dos estudantes e membros da comunidade da UEM e de Maringá como um todo.”