Jiboia, iguana… Animais exóticos chamam atenção na Expoingá


Por Rafael Bereta
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O criador de animais Hiago Vinícius começou sua paixão por animais exóticos há 18 anos. Foto: Rafael Bereta/GMC Online

No Pavilhão Branco da Expoingá os visitantes encontram produtos, serviços e curiosidades. Um dos expositores tem chamado a atenção dos visitantes vendendo animais exóticos. As serpentes são as que mais se destacam. Além das jiboias encontradas, iguana, sapo e jabutis estão sendo também comercializadas no local. Os valores variam entre R$50 a 4,5 mil. O filhote mais caro é a jiboia da espécie ‘epicrates assisi’.

O dono da empresa, Hiago Vinícius Monteiro, diz que a venda é feita da seguinte forma: a pessoa compra o animal e a entrega ocorre alguns dias depois, com um manual de cuidados. “Não tem como entregar o animal aqui, não podemos fazer isso por lei e também por uma questão de manejo. A pessoa compra e entregamos na casa dela, com um manual de cuidados que eles precisam e que a serpente precisa”, explicou.

O criador começou sua paixão por animais exóticos há 18 anos e expõe pela segunda vez na Expoingá. Segundo Monteiro, os animais exóticos são de fácil manejo e podem ser criados em casas e apartamentos. “Todos os animais hoje são fáceis de cuidar. As pessoas precisam investir um pouco em recinto no começo. Após esses recintos prontos, esses animais acabam se tornando bem comuns e fáceis de cuidar dentro de casa”, afirma.

Aqui na feira, os animais estão expostos para as pessoas conhecerem um pouco mais e se conscientizarem sobre a compra desses animais de maneira legal, com toda a documentação correta.

“A partir desse momento, se a pessoa demonstra interesse, recebemos na loja e fazemos uma entrevista detalhada para saber se ela tem condições, se é aquele bicho que ela pretende adquirir e se é isso que deseja. Então, fazemos a venda e a entrega fora do parque. Não realizamos a entrega desses animais exóticos dentro do parque. Esses animais que estão aqui são para conscientização e exposição”, explica Hiago Monteiro ao GMC Online

Cuidados e manejo

O proprietário também expõe e vende animais adultos e explica quais são os cuidados da alimentação que o animal precisa. “Esses animais, cada um, têm uma dieta bem específica. Podemos ir para o lado dos lagartos onívoros. Eles vão comer insetos, camundongos, frutas e verduras. Lagartos herbívoros vão se alimentar principalmente de vegetais, legumes e existem rações comerciais. As serpentes, a alimentação delas são pequenos roedores. Isso aí não tem como correr, faz parte da dieta do animal e a gente tem que cumprir isso para dar o melhor para elas. Existem empresas no mercado aqui em Maringá que vendem os camundongos e ratos para os donos desses animais”, explicou.

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Foto: Rafael Bereta/GMC Online

Autorização por órgãos ambientais

Todos os animais são nascidos e criados em cativeiro e a empresa tem autorização do Instituto Água e Terra (IAT) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

“A parte de apreensão e fiscalização é feita por órgãos competentes. Hoje, no Paraná, temos três que atuam: o IAP, o Instituto Água e Terra, que é o principal; o IBAMA, que é um órgão federal; e temos a Polícia Ambiental, que auxilia na apreensão desses animais. Após feito isso, esses animais são enviados para CAFS [Centro de Apoio à Fauna Silvestre], onde ficam em tratamento monitorado para ver se está tudo certo. Caso eles não consigam mais voltar para a natureza, são encaminhados para pessoas que têm empreendimentos ambientais, como zoológicos, criatórios comerciais e mantenedores de fauna”.

Foto: Rafael Bereta/GMC Online

“Quando o local é licenciado como criatório comercial, ele pode reproduzir os animais e vender os filhotes. Assim, você consegue retirar um pouco do custo que esses animais acabam dando para gente, pois são muitos animais. Hoje, na minha casa por exemplo, passa de 300, 400 animais facilmente, então é um custo elevado e a gente retira da criação deles”, ressalta.

Animais fofinhos

Além dos animais exóticos presentes na feira, um grupo de bichinhos fofinhos também tem atraído olhares curiosos. Apesar de lindinhos e fofinhos, Hiago explica que existem alguns cuidados também no manejo com esses pets.

“Nos fofinhos considerados domésticos, eles necessitam de alimentação de qualidade. Tem que ser uma ração comercial boa, com todos os nutrientes necessários. Água sempre fresca e limpa, e o cuidado com o ambiente precisa ser adequado”, afirma.

Foto: Rafael Bereta/GMC Online

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