15 de junho de 2025

Sergio Moro critica governo Lula e defende anistia para condenados do 8 de janeiro


Por Thiago Danezi, com Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 11/05/2025 às 10h50
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O senador Sergio Moro (União) concedeu entrevista nesta sexta-feira, 9, no estúdio da CBN Maringá, no estande montado na Expoingá, e abordou diversos temas de relevância nacional, destacando questões como a política agrária, a anistia aos condenados pelos acontecimentos de 8 de janeiro, e os golpes aplicados em aposentados e pensionistas do INSS. Moro criticou duramente o atual governo federal e questionou a falta de ações efetivas em relação a esses problemas.

Membro da Frente Parlamentar da Agropecuária, o senador falou sobre a importância do setor para a economia brasileira e criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O agro tem movimentado a economia do Brasil, mas é muito maltratado pelo governo. Recentemente, o Ministério do Desenvolvimento Agrário orientou as polícias a não prenderem invasores de terras, o que acaba sendo um incentivo à ilegalidade”, afirmou Moro, ressaltando ainda que a Frente Parlamentar da Agropecuária tem se destacado na defesa dos interesses do setor, com discussões sobre licenciamento ambiental e o novo marco temporal para demarcação de terras indígenas.

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Foto: Luciana Peña | CBN Maringá

Moro também se manifestou sobre os golpes aplicados em aposentados e pensionistas, que têm perdido milhões de reais para associações fraudulentas. O senador defendeu a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso. “É preciso uma investigação independente. O governo Lula desmontou os sistemas de controle e combate à corrupção, e agora esses criminosos estão indo atrás das pessoas mais vulneráveis, como os aposentados. Estima-se que os prejuízos com essas fraudes chegam a seis bilhões de reais”, declarou Moro.

Outro ponto abordado por Moro foi a possível anistia aos condenados pelos atos de invasão em 8 de janeiro. O senador se posicionou favorável a essa medida, destacando que, embora ninguém apoie a destruição de patrimônio público, a maioria das pessoas envolvidas no episódio não tinha intenção de cometer um crime tão grave. “Essas pessoas se excederam emocionalmente, e algumas já cumpriram penas desproporcionais. Elas não são criminosas e não representarão mais risco à sociedade”, afirmou. Moro questionou também o tratamento desigual dado a alguns dos envolvidos e criticou o rigor excessivo do Supremo Tribunal Federal (STF) nos julgamentos.

Moro ainda falou sobre o atual sistema de Justiça no Brasil e sobre o julgamento de ações penais envolvendo figuras públicas, como o ex-presidente Jair Bolsonaro. Para o senador, processos contra políticos devem ser conduzidos de forma igualitária e nas instâncias adequadas, sem privilégios. “Ninguém deve estar acima da lei, seja ex-presidente ou qualquer outra pessoa”, declarou.

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