Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

23 de julho de 2024

Família que invadiu imóvel em Maringá é expulsa do local


Por Iasmim Calixto Publicado 06/02/2023 às 10h08 Atualizado 02/03/2023 às 13h58
Ouvir: 00:00
Foto: Reprodução

O empresário Ernesto Lucio passou por muitos problemas na última semana, em Maringá. Tudo porque teve sua residência invadida por uma família sem teto, na última quinta-feira, 2.

O caso, que ganhou grande repercussão, ainda está passível de desdobramentos. No último sábado, 4, o proprietário da casa invadida conseguiu retirar os móveis colocados pela família.

A mudança foi colocada para fora da residência pelo proprietário do imóvel depois que a família havia saído, no período da tarde daquele sábado.

Os móveis foram retirados da casa e colocados na calçada e a família não retornou mais à residência, disse o empresário ao GMC Online nesta segunda-feira, 6.

ENTENDA O CASO

Um morador de Maringá procurou a polícia para denunciar que teve a casa invadida por uma família. O imóvel, que está à venda, fica localizado no Residencial Tuiuti e, segundo ele, a invasão ocorreu na quinta-feira, 2, por volta das 21h.

“Um amigo meu passou na frente, viu, e me ligou. Ele perguntou se eu tinha alugado ou vendido a casa e eu falei que não. Ele disse que então estavam invadindo a minha casa. Eu peguei o carro, desci lá, vi o pessoal lá dentro e liguei pra polícia. Aí a polícia pediu pra não ficar na frente do imóvel, que é perigoso ter algum conflito, aí eu saí, fiquei esperando a viatura. A viatura chegou, aí ficou aquela discussão ali na frente, falaram que não podiam retirar eles, e aí hoje eu pensei em chamar a imprensa pra ver o que poderiam fazer pra me ajudar. Mas a mulher falou que foi o Cras que falou pra ela invadir, que ela não ia sair da casa, que ela tem criança. Agora eu to pagando energia pra eles, água… tão tudo lá usando dentro da minha casa”, disse o proprietário da residência invadida, em um áudio.

Segundo o próprietário, a casa foi invadida por dois homens, uma mulher e quatro crianças. “Isso ontem (quinta-feira). Hoje (sexta-feira), eu cheguei e tinha mais duas mulheres lá dentro da casa. Já tavam limpando, arrumando a casa pra morar lá”.

Ainda conforme o dono da casa, a informação é de que as pessoas sejam de Maringá. “Parece que eles foram expulsos de outra casa já ali pelo conjunto mesmo, e aí invadiram essa. Mas o que mais tá pegando é essa questão do Cras, que falou que foi o Cras que mandou entrar dentro da casa, pra eles invadirem”.

O proprietário do imóvel registrou um boletim de ocorrência.

“Não tenho para onde ir com as crianças”, diz mulher que invadiu a casa

Em entrevista à Rede Massa, uma das mulheres que invadiu a casa disse que está no imóvel com quatro crianças, e que o marido, a avó dela e um outro rapaz estão no local para ajudar com a organização. Ela disse que está desempregada e não tem para onde ir com as crianças, e que foi orientada pelo Cras a invadir outra propriedade depois de ter sido despejada de onde estava. “Eu tenho inscrição (no Cras), e uma amiga minha falou pra eu invadir uma casa, porque o Cras tem que dar minha casa. Aí eu conversei com a assistente social e ela falou que o melhor é eu tentar entrar em uma casa que assim eu consigo uma casa mais rápido”.

Questionada se teria sido orientada para invadir aquela casa especificamente, ela disse que não. “Eu passei por aqui, vi a casa, e falei: é essa daqui. É como eu falei pro dono da casa, não foi por querer a casa dele, porque se eu não tivesse invadido essa tinha invadido outra. Eu não ia ficar na rua com as minhas filhas”.

O que diz o Cras:

A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Assistência Social, informa que não há orientação para ocupação de imóveis de forma irregular. Os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) são responsáveis pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais, promovendo o acolhimento, a convivência e a socialização. As unidades oferecem serviços de proteção social básica, como o Cadastro Único, que permite o acesso a diversos programas sociais para a população em situação de vulnerabilidade social. No local, as famílias recebem orientações sobre seus direitos e são encaminhadas para a rede de Assistência Social e outras políticas públicas. O município destaca que a mulher é acompanhada pelos serviços da Secretaria de Assistência Social e possui benefícios socioassistenciais.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação