O Brasil tem cerca de 139,3 milhões de animais de estimação, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No topo da lista, é claro, estão os cães: são 54,2 milhões no País, quase 39% do total. Em seguida, aparecem as aves domésticas (28,5%), os gatos (17,1%) e os peixes (13,7%). Mas pouco mais de 1% da população optou por ter bichinhos de outras espécies. É o caso de algumas famílias de Maringá, que moram com animais incomuns. Conheça algumas delas:
Mais de 30 animais
Na casa do Mauro e da Jessica Dias, que fica em uma chácara, a lista de animais incomuns é grande. Ao todo, 31 bichos vivem no local, incluindo uma lhama chamada Bruce, que tem cerca de 11 meses de vida e já foi notícia no GMC Online em junho deste ano.
Também vivem lá: um lagarto dragão australiano, um coelho gigante Flandres, uma curtia, uma mini cabra, um cordeiro, dois pavões, dois emus, uma coruja do mato, um papagaio Ecletus, um canário belga, duas maritacas, dois patos Mandarins, dois patos Mini Cool, dois casais de galos e galinhas da raça Sedosa, sete galinhas da D’angola e um cachorro da raça Pug.
Os animais que necessitam de registro estão devidamente legalizados, mas alguns não precisam, como a própria lhama. “Só preciso ter nota fiscal comprovando onde comprei a lhama, mas não precisa de registro. Existem alguns criadores no Brasil que vendem lhamas. O Bruce veio de uma fazenda localizada em Saudade do Iguaçu, próximo de Pato Branco”, conta o maringaense.
Mauro Dias é apaixonado por animais e, inclusive, trabalha como treinador de cães, gatos, coelhos e até aves. O filho do casal, Benjamin, convive desde cedo com os animais.
Em breve, Dias pretende ‘abrir a casa’ para visitação. O projeto, chamado ZooDias, tem como objetivo transformar a relação de pessoas e animais por meio da educação ambiental.
A coruja “Snow”
O casal André e Viviane Farias tem uma coruja branca chamada Snow, que tem seis anos de idade. Trata-se de uma ave de rapina (caçadora) da espécie tyto furcata, também conhecida como Suindara ou coruja-da-igreja, que vive em média 25 anos e pode chegar a 38 centímetros.
A coruja tem três “irmãos” caninos, além da Isabela, filha de oito meses do casal. André se interessou pelo animal durante uma visita dos cães ao veterinário – que estava cuidando da coruja resgatada de um cativeiro pela Polícia Ambiental. Ele buscou informações sobre como legalizar o animal e adotou a ave. Hoje, Snow é o mascote da família e tem até página no Facebook e no Instagram.
A coruja tem um viveiro, mas fica solta pela casa na maior parte do tempo. Por ser uma ave de rapina, Snow não pode ter as asas cortadas como as de um papagaio de estimação. “Se a coruja tentar voar e não conseguir, vai acabar atrofiando os músculos das costas o que pode levar a morte do animal”, explica André Biciato. A família cria camundongos em casa para alimentar o animal.
A lhama “Kronk”
O empresário João Vitor Tolardo, morador de Maringá, tem uma lhama chamada Kronk que, inclusive, viralizou nas redes sociais em outubro deste ano, ao ser flagrada passeando em um parque da cidade. O animal tem dez meses de vida e vive em uma casa com seu tutor e o cão Hassan, seu companheiro.
A ideia de ter uma lhama de estimação surgiu durante uma brincadeira com amigos, segundo Tolardo. “Falamos sobre como seria ter uma lhama e acabei gostando da ideia. Fui pesquisar e descobri que é um animal tranquilo e considerado pet, então fui atrás”, disse em entrevista ao GMC Online.
A cobra píton “Ágatha”
Quem também tinha um pet incomum em Maringá é o casal Lúcia Helena Lourenço e Luiz Cláudio Zanco Storto. Ágatha, uma cobra píton de 15 anos, estava com a família desde 2009, mas infelizmente morreu há cerca de três com pneumonia. Lúcia contou a história de Ágatha em entrevista ao GMC Online concedida no ano passado – leia aqui.