Gasto dos maringaenses sobe e chega a R$ 13,6 bilhões em 2018
O maringaense tem gastado mais nos últimos oito anos. Em 2010, a cidade era responsável por 0,22% de tudo que foi consumido no Brasil. Neste ano, esse número subirá para 0,30%, o equivalente, em valores reais, a um aumento de R$ 3,9 bilhões. Somente em 2018, a população de Maringá deverá desembolsar R$ 13,6 bilhões.
Os dados são da Pesquisa IPC Maps, realizada a partir do cruzamento de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). A reportagem do GMC Online teve acesso às informações com exclusividade.
No ranking nacional, Maringá é a 43ª cidade que mais consome. No estado, o município ocupa a 3ª posição, atrás apenas de Curitiba e Londrina.
Nos cálculos do IPC Maps, são estimados todos os gastos, desde alimentação, artigos de limpeza, vestuário e medicamentos até despesas com mensalidade escolar, materiais de construção, fumo, entre outros.
Com R$ 3,3 bilhões, a categoria “manutenção do lar” aparece em primeiro lugar, representando 24% do gasto total dos maringaenses. Nesta conta, entram despesas com aluguel de imóveis, contas de água, luz, IPTU e todas as outras relacionadas à habitação.
Em seguida, aparece a categoria “outras despesas”, com R$ 2,8 bilhões (21% do total), compreendendo gastos diversos, como com animais de estimação, corte de cabelo, manicure e reconhecimento de firma.
“O maior gasto que entra nessa categoria é com pagamentos de dívidas feitas via cartão de crédito ou carnê. Ao longo dos últimos anos, a população tem consumido muito por meio dessas modalidades. Isso é fruto da recessão econômica que tivemos”, avalia o responsável pela pesquisa, Marcos Pazzini.
A categoria que assume a terceira posição no ranking de despesas dos maringaenses é a de “alimentação no domicílio”. Em 2018, são previstas despesas de R$ 1,3 bilhão com comida em casa, o que corresponde a 10% do total de gastos.
Outra categoria de destaque, que ocupa a quarta posição no ranking, é a de materiais de construção, com R$ 1,1 bilhão (8% do total). “Apesar de existir uma crise nesse setor, ele ainda movimenta muito dinheiro”, comenta Pazzini.
Classe B2 gasta mais
A classe econômica B2 está presente em 27,7% dos lares maringaenses e é a que mais gasta. A pesquisa projeta que essa categoria gastará, neste ano, R$ 4,8 bilhões, ou 36% do total de despesas da população.
Na sequência, está a classe C1, que movimenta R$ 2,4 bilhões e está presente em 29,9% dos lares.
Empresas e população
Para chegar ao potencial de consumo da população, o IPC Maps cruza dados populacionais e também sobre abertura e fechamento de negócios. Segundo o levantamento, o número de empresas em 2018 crescerá 2,85% em comparação com o ano anterior, passando de 66.493 para 68.387. “É um aumento muito interessante se for pensar que a média nacional subiu só 0,15%”, analisa Pazzini.
Tanto o setor de indústria, serviços e agrobusiness tiveram aumento no comparativo entre 2017 e 2018. Somente o comércio teve redução (-0,4%), puxado pelo fechamento de empresas atacadistas (-2,7%).
Em serviços, o estudo prevê aumento significativo no número de empresas que trabalham com saúde (12%), educação (12%) e correios e outras atividades de entrega (10%).
O IPC Maps estima, ainda, que até o fim de 2018 Maringá terá uma população de 410.220 pessoas, sendo que 98,4% serão moradores na zona urbana e 1,6% viverão na zona rural.
Série
Esta é a primeira de quatro reportagens do GMC Online sobre dados econômicos de Maringá com base no IPC Maps. As publicações serão sempre às segundas-feiras.
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