11 de agosto de 2025

Gata, cachorros gigantes, papagaio e até cobra: casal de Maringá compartilha a casa com pets de todos os tipos


Por Thiago Danezi Publicado 06/07/2025 às 08h43 Atualizado 08/07/2025 às 14h25
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Em uma casa de Maringá, o amor pelos animais vai muito além do tradicional. A médica veterinária Camilla Alcalá e o também veterinário Murilo Moussa dividem o lar com uma verdadeira “família multiespécie”, formada por cinco pets: uma gata, dois cachorros de grande porte, um papagaio e até uma cobra.

A convivência entre espécies tão diferentes ocorre com muita harmonia, carinho e planejamento. “Todos foram pensados com muito cuidado, porque são vidas que exigem responsabilidade, espaço e estrutura adequada”, conta Camilla, que é especialista em dermatologia e alergologia veterinária.

Quem comanda a casa é a mais antiga entre os animais: a gata Pantera, de aproximadamente 11 anos. “Era uma gata de rua e, um dia, decidiu que ia morar comigo. Fui me mudando de cidade, fazendo mestrado, doutorado, e ela foi junto. Hoje, é respeitada por todos, até pelas cachorras de 50 quilos”, brinca em entrevista ao Portal GMC Online.

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Foto: Arquivo Pessoal | Reprodução

A força e o carinho têm nome e sobrenome canino: Bonnie, uma fêmea da raça fila brasileira, com 50 kg, e a Phoenix, uma doberman de 36 kg. Ambas foram adestradas desde filhotes e são extremamente dóceis com a família. Inclusive dormem na cama com o casal e frequentam escolinha de socialização aos sábados.

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Foto: Arquivo Pessoal

“Quem quer um cachorro de grande porte precisa planejar. O gasto é mais alto, o espaço precisa ser adequado, e a rotina envolve muita dedicação. Mas o amor que recebemos de volta vale tudo isso”, explica Camilla.

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Foto: Arquivo Pessoal

O mais ciumento da turma é o papagaio Ozzy, de um ano e meio. Segundo a veterinária, ele é extremamente apegado a ela e não aceita a presença do Murilo por perto. “Ele só gosta de mim. Se estou do lado, ele fica bravo quando o Murilo tenta se aproximar. Tem mais ciúme de mim do que o próprio Murilo, se bobear”, brinca a veterinária.

Vídeo: Arquivo Pessoal

Ozzy foi adquirido legalmente de um criador autorizado e possui um viveiro especial, ambientado com brinquedos, tocas e troncos. Nos dias frios, o viveiro é levado para dentro de casa, para garantir o conforto da ave.

Enquanto isso na sala!

Entre os objetos da sala, um “morador” chama atenção de quem visita: Hannibal, uma cobra da espécie corn snake, vive discretamente em um terrário adaptado dentro do rack. O animal foi resgatado ainda filhote após sofrer maus-tratos e, por se tratar de uma espécie exótica — não permitida para comércio legal no Brasil —, hoje recebe cuidados apenas como parte do trabalho de acolhimento feito pelo casal.

Vídeo: Arquivo Pessoal

“Hannibal foi um dos cinco filhotes salvos de uma ninhada que ficou um mês sem alimentação. Ele sobreviveu após internação, alimentação forçada e cuidados intensivos. Tem calos na coluna e é menor do que seria o normal, mas hoje vive tranquilo em seu terrário”, relata a veterinária.

A relação do casal com os animais vai além da profissão. “Todos os nossos pets foram planejados. Sabemos que são vidas longas, que exigem cuidados e custam caro. Não foi impulso. O importante é ter estrutura para dar qualidade de vida a eles”, afirma Camilla.

O casal sonha em, no futuro, viver em uma chácara. “Queremos ter porquinhos, galinhas e até um cão da raça mastife, que pode chegar a 100 kg. Aos poucos, vamos montando a nossa própria arca”, brinca.

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