Gata, cachorros gigantes, papagaio e até cobra: casal de Maringá compartilha a casa com pets de todos os tipos
Em uma casa de Maringá, o amor pelos animais vai muito além do tradicional. A médica veterinária Camilla Alcalá e o também veterinário Murilo Moussa dividem o lar com uma verdadeira “família multiespécie”, formada por cinco pets: uma gata, dois cachorros de grande porte, um papagaio e até uma cobra.
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A convivência entre espécies tão diferentes ocorre com muita harmonia, carinho e planejamento. “Todos foram pensados com muito cuidado, porque são vidas que exigem responsabilidade, espaço e estrutura adequada”, conta Camilla, que é especialista em dermatologia e alergologia veterinária.
Quem comanda a casa é a mais antiga entre os animais: a gata Pantera, de aproximadamente 11 anos. “Era uma gata de rua e, um dia, decidiu que ia morar comigo. Fui me mudando de cidade, fazendo mestrado, doutorado, e ela foi junto. Hoje, é respeitada por todos, até pelas cachorras de 50 quilos”, brinca em entrevista ao Portal GMC Online.

A força e o carinho têm nome e sobrenome canino: Bonnie, uma fêmea da raça fila brasileira, com 50 kg, e a Phoenix, uma doberman de 36 kg. Ambas foram adestradas desde filhotes e são extremamente dóceis com a família. Inclusive dormem na cama com o casal e frequentam escolinha de socialização aos sábados.

“Quem quer um cachorro de grande porte precisa planejar. O gasto é mais alto, o espaço precisa ser adequado, e a rotina envolve muita dedicação. Mas o amor que recebemos de volta vale tudo isso”, explica Camilla.

O mais ciumento da turma é o papagaio Ozzy, de um ano e meio. Segundo a veterinária, ele é extremamente apegado a ela e não aceita a presença do Murilo por perto. “Ele só gosta de mim. Se estou do lado, ele fica bravo quando o Murilo tenta se aproximar. Tem mais ciúme de mim do que o próprio Murilo, se bobear”, brinca a veterinária.
Ozzy foi adquirido legalmente de um criador autorizado e possui um viveiro especial, ambientado com brinquedos, tocas e troncos. Nos dias frios, o viveiro é levado para dentro de casa, para garantir o conforto da ave.
Enquanto isso na sala!
Entre os objetos da sala, um “morador” chama atenção de quem visita: Hannibal, uma cobra da espécie corn snake, vive discretamente em um terrário adaptado dentro do rack. O animal foi resgatado ainda filhote após sofrer maus-tratos e, por se tratar de uma espécie exótica — não permitida para comércio legal no Brasil —, hoje recebe cuidados apenas como parte do trabalho de acolhimento feito pelo casal.
“Hannibal foi um dos cinco filhotes salvos de uma ninhada que ficou um mês sem alimentação. Ele sobreviveu após internação, alimentação forçada e cuidados intensivos. Tem calos na coluna e é menor do que seria o normal, mas hoje vive tranquilo em seu terrário”, relata a veterinária.
A relação do casal com os animais vai além da profissão. “Todos os nossos pets foram planejados. Sabemos que são vidas longas, que exigem cuidados e custam caro. Não foi impulso. O importante é ter estrutura para dar qualidade de vida a eles”, afirma Camilla.
O casal sonha em, no futuro, viver em uma chácara. “Queremos ter porquinhos, galinhas e até um cão da raça mastife, que pode chegar a 100 kg. Aos poucos, vamos montando a nossa própria arca”, brinca.