Golpistas online em Maringá: Veja os principais golpes aplicados na internet
Mais do que nunca, os golpistas estão online. Cerca de seis em cada dez inquéritos abertos na Delegacia de Estelionato em Maringá estão relacionados a golpes na internet.
O golpe do perfil falso de WhatsApp é o mais conhecido. Outro golpe bastante aplicado é o do falso intermediador de veículo. E um tipo novo de estelionato virtual é a rede social hackeada. Saiba como se prevenir.
Desde o início da pandemia, com mais gente dentro de casa ou resolvendo tudo pelo computador, os golpes na internet se tornaram mais comuns. A Delegacia de Estelionato de Maringá alerta a população sobre os riscos de navegar e fazer compras na internet.
Um comportamento arriscado é cadastrar dados pessoais em sites ou perfis. O internauta tem o costume de escolher senhas muitas parecidas, às vezes a mesma que usa para acesso a redes sociais ou serviços. Os golpistas podem utilizar essas informações para invadir, hackear e lesar os consumidores.
Mais de 60% dos inquéritos abertos na Delegacia de Estelionato de Maringá são de golpes na internet, aplicados no ambiente virtual, diz o delegado Fernando Garbelini.
“O que ocorre é que desde o início da pandemia as pessoas passaram a fazer muitas compras online, pagamentos online e pessoas que não eram muito familiarizadas com essas tecnologias, passaram a ser vítimas desses golpistas, justamente por conta dessa falta de habilidade com essas tecnologias”, afirma Garbelini.
“Os principais golpes que representam cerca de 60%, 70% de tudo o que é registrado, são princialmente o perfil falso do whatsapp, a rede social hackeada que é um golpe novo, que há uns três meses vem surgindo, e também é importante destacar o falso intermediador de vendas de veículos, que vem causando muitos prejuízos para as pessoas aqui da cidade”., complementa o delegado.
A rede social hackeada, como o delegado disse, é um golpe novo na praça e as vítimas relataram que preencheram cadastro criando login e senha. ” A rede social hackeada, as pessoas tomam a conta do facebook ou do instagram de uma pessoa, e passam a anunciar produtos nessa rede social se passando pela pessoa, e a partir daí, os seguidores e amigos dessa pessoa se interessam pelos produtos e fazem depósitos acreditando que estão comprando os produtos dos amigos e dessas pessoas. Normalmente as pessoas que tem essas contas hackeadas, relataram que foram atraídas […], e foram instruídos a preencher algum cadastro, e nesse cadastro criaram perfil e senha […]”.
O falso intermediador de veículo não é um golpe novo, mas continua fazendo vítimas. São dezenas de casos na Delegacia de Estelionato.
Os golpistas se aproveitam de uma certa ganância das vítimas, que seriam beneficiadas com lucro na compra e na venda de um bem. ” Normalmente o bandido consegue o telefone da vítima em sites de vendas e afirma para a vítima que tem interesse no bem oferecido e pede que a pessoa tire o anúncio da plataforma. A partir daí o bandido cria um novo anúncio, com as fotos do bem da vítima, mas com valor bem abaixo do preço praticado no mercado, o que desperta o interesse de outras vítimas”, afirma o delegado.
“Com a vítima interessada em vender o bem, o bandido diz que vai comprar e vai pagar uma dívida que ele possui com alguém e pede silêncio no momento de apresentar o bem para a outra vítima, prometendo um lucro financeiro. A vítima interessada em comprar também é orientada a manter silêncio, que com isso vai ganhar um desconto. Com todo esse enredo, onde as duas vítimas são enganadas, mas de certa forma imaginam que estão ganhando, o bandido fornece uma ou algumas contas para o comprador depositar o valor do bem. Com a transferência, o bandido ainda orienta as pessoas a irem a um cartório, preencherem recibo, para dar mais veracidade ao golpe”, complementa.
“Quando as vítimas percebem o golpe, o recibo já foi preenchido, o valor depositado e o bandido já sacou esses valores. Nessa situação, nossa orientação é que as pessoas mantenham o máximo de diálogo na hora de comprar, jamais manter silêncio nas negociações e só depositar ou transferir dinheiro para a conta do vendedor do bem”, concluí o delegado.
O golpe do perfil falso de WhatsApp é mais conhecido. O dono do número não é lesado diretamente, mas conhecidos podem receber mensagens de golpistas com a história de troca de número de telefone, seguida de um pedido de ajuda. Neste caso, a orientação é desconfiar de pedidos de dinheiro e nunca fazer depósitos solicitados e ligar para o número original do contato que você tem.