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24 de abril de 2024

‘Gugu foi nosso anjo’, diz mãe de João Bombeirinho


Por Nailena Faian Publicado 28/11/2019 às 18h28 Atualizado 25/02/2023 às 03h32
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A morte de Gugu Liberato abalou muitos fãs do apresentador. Uma família de Maringá até agora não consegue acreditar que ele se foi. “Gugu foi nosso anjo”, disse Ana Paula Estevan, mãe de João Daniel de Barros, o João Bombeirinho.

O apresentador de 60 anos morreu na semana passada vítima de um acidente doméstico em Orlando, nos Estados Unidos. Em 2013, ele esteve em Maringá para entregar uma casa mobiliada para a família de João Bombeirinho. 

A mãe do garoto lembra que sempre sonhou em sair do aluguel, mas nunca chegou a mandar uma carta ao Programa do Gugu. Foi a visibilidade da campanha que incentivava a doação de medula óssea e a história de superação de seu filho que fizeram com que o programa os escolhesssem para participar do quadro “Sonhar mais um sonho”.

A família guarda até hoje a lembrança entregue por Gugu quando a casa própria foi entregue.

“Era uma relíquia e agora é mais ainda. Foi graças a ele que temos uma casa própria, o sonho de muitos brasileiros. Agora, não preciso trabalhar fora e posso cuidar do meu filho. Apesar de ele ter se curado, tem a saúde fragilizada e precisa de atenção. Sem ter que pagar aluguel, também consigo dar atenção ao Instituto João Bombeirinho, ajudando famílias que precisam de doações de medula óssea, assim como meu filho um dia precisou”, diz Ana Paula.

Apesar de ainda ser conhecido como João Bombeirinho, o menino, agora com 14 anos, não quer mais ser bombeiro. Ele mudou o desejo profissional: quer ser médico. “Ele quer ser médico para ajudar crianças com câncer. Vai salvar vidas assim como outros médicos ajudaram a salvar a dele”, contou a mãe.

A história de João ganhou repercussão em 2010 pela grande campanha movida pela família para conseguir um doador de medula óssea. Em 2007, quando era ainda um bebê, com apenas um ano e um mês, foi descoberto que ele tinha leucemia.

“Ele foi internado, fez quimioterapia, o tratamento durou dois anos e meio. Ao fazer um exame para ver se ele tinha melhorado, foi constatado que a leucemia não tinha acabado, na verdade tinha ‘estacionado’”, recorda Ana Paula.

A única chance de cura para o menino era um transplante de medula óssea. Familiares fizeram o teste, mas nenhum era compatível. Foi nessa época, em 2010, que teve início uma campanha e o garoto se tornou conhecido nacionalmente.

Depois de tantos esforços, uma doadora compatível foi encontrada na Flórida e o transplante foi realizado em 24 de outubro de 2012. O procedimento foi um sucesso e hoje João tem uma vida normal. Está no 7º ano do Ensino Fundamental e gosta de jogar futsal. 

A história de superação do filho encorajou Ana Paula a criar o Instituto João Bombeirinho, que funciona na própria casa dela. A instituição ajuda pessoas que buscam doadores compatíveis de medula óssea.

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