Habitação popular: 200 famílias de Maringá recebem as chaves da casa nova
A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Urbanismo e Habitação (Seurbh), entregou o sétimo empreendimento viabilizado por meio do Programa Zonas Especiais de Interesse Social (ProZeis) e do Programa Casa Fácil Paraná.
Nesta quinta-feira, 10, o município entregou as chaves das 200 unidades habitacionais do Residencial Marapé, localizado na Rua Maria Aparecida Bragion Pignata, na Chácaras Aeroporto. Com isso, o município chegou a marca de mais de 1,5 mil unidades habitacionais entregues por meio dos programas.
Construído pela VLP3 Engenharia, o empreendimento conta com apartamentos de 52 metros quadrados, com dois quartos, sala e cozinha integradas, sacada e vaga de garagem. As residências já são entregues com piso laminado, louças no banheiro e tanque, e acabamento com revestimento cerâmico nas áreas molhadas e na sacada.
São cinco pavimentos em uma área construída de 12 mil metros quadrados, em uma localização privilegiada e com infraestrutura já consolidada na região. A área de lazer conta com dois espaços gourmet com churrasqueiras, piscina, academia, brinquedoteca, miniquadra e playground. Além disso, a Prefeitura garantiu toda infraestrutura de acesso ao empreendimento.
ProZeis
O ProZeis identifica áreas com potencial construtivo que antes não poderiam receber edifícios verticais para transformar em locais de habitação popular. Um terço das unidades é destinado para famílias com renda de até três salários mínimos e as demais para famílias com até seis salários mínimos.
“Maringá se tornou referência nacional em habitação social com a implantação do ProZeis, um programa premiado e revolucionário. Com essa nova entrega, chegamos a mais de 1,5 mil unidades habitacionais viabilizadas, com financiamento acessível e imóveis de qualidade”, destaca o prefeito em exercício, Edson Scabora.
Com o ProZeis, as famílias têm acesso a subsídios dos governos Estadual e Federal, que oportunizam financiamento com valor mais baixo que aluguel, além de isenção dos custos do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) na aquisição do imóvel. Já as construtoras não pagam o ISS da obra e o IPTU durante a construção.
Investimento
No Residencial Marapé, as famílias tiveram acesso a um subsídio de R$ 15 mil, por meio do Programa Casa Fácil Paraná da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), do Governo do Estado, e de R$ 23 mil do Programa Minha Casa Minha Vida, além de possibilidade de abatimento pelo Fundo de Garantia (FGTS). Ao todo, o Estado investiu R$ 2,33 milhões para garantir os subsídios e a obra – resultado do trabalho conjunto entre Governo do Paraná, Caixa Econômica Federal e VLP3 Engenharia – custou cerca de R$ 40,7 milhões.
Os imóveis, comercializados a partir de R$ 199 mil, podem ser quitados junto à Caixa Econômica Federal em até 30 anos e as prestações mensais vão de R$ 426 à R$ 1.270, valor mais em conta que o preço do aluguel praticado na cidade.
Além do Residencial Marapé, desde a implantação do programa foram entregues: o Condomínio Villagio Azaleia, Residencial Manacá, Solar das Laranjeiras, Residencial Maragogi, Solar das Araucárias e Soladio Itália I. Cerca de 1,2 mil apartamentos estão em finalização e outros 3 mil ainda serão executados por meio do programa.
Novo capítulo
Ter o próprio imóvel e sair do aluguel parecia algo muito distante da realidade da auxiliar de serviços gerais Carla Silva Gudin Cunha, 47 anos. Foi com o apoio dos programas que ela viu seu maior anseio se concretizar. “É uma emoção muito grande, porque é um sonho que a maioria tem e eu achei que nunca ia conseguir. Se não tivesse essa ajuda, seria muito difícil. E veio assim: é sua chance, se não for agora, não tem mais. Foi um incentivo muito grande e agora vou pagar o que é meu”, ressaltou. Emocionada e feliz da vida, Carla agora só quer aproveitar o momento, receber seus familiares e curtir os espaços de lazer no seu novo lar.
Morando em uma quitinete alugada com dois cômodos, com tamanho de oito por seis metros quadrados, o gestor de estoque Josias da Silva de Brito, 25 anos, e a esposa, Juliana do Nascimento Souza, fiscal tributária de 21 anos, não escondem a felicidade por finalmente poderem iniciar um novo capítulo de vida. “Esperamos muito por esse momento. E ver a construção do zero é muito gratificante”, disse ele.
Para o casal, a conquista de um local mais espaçoso e com prestações ainda mais acessíveis que o aluguel anterior só foi possível graças ao apoio do Município e do Estado. “Foi o subsídio que fez toda diferença na aquisição. Se não fosse esse benefício, não teríamos conseguido. Já estamos guardando nossas coisas pra mudar e, com o tempo, vamos trabalhando para ficar do nosso jeitinho, agora não precisamos mais ter pressa”, acrescentou a esposa.
Com informações da Prefeitura de Maringá e AEN.