Depois de seis anos e um investimento de R$ 181 milhões, foi inaugurado nesta segunda-feira, 16, o Hospital da Criança de Maringá, que começa a atender nessa terça-feira, 17. Com funcionamento completo, o complexo hospitalar terá 148 leitos de internação e 40 leitos de UTI. A operação do hospital será dividida em três fases, com período de cinco anos para alcançar a capacidade plena. Na primeira fase, serão abertos 61 leitos de internação, três salas de cirurgia e 23 consultórios. Esta fase preparatória terá duração de seis meses. No sétimo mês de funcionamento, haverá a abertura de dez leitos UTI e no 11º mês começam os atendimentos oncológicos.
Para o primeiro ano de atendimento, a prospecção mensal do hospital é de 294 internações, mais de 2,7 mil consultas, 982 atendimentos de pronto-socorro, além de 243 procedimentos do Hospital Dia, bloco do complexo hospitalar voltado para cirurgias de baixa complexidade.
Na primeira fase, com três etapas e duração de seis meses, serão 61 leitos de internação, três salas de cirurgia e 23 consultórios. No primeiro ano, o hospital deve ter uma média mensal de quase 300 internações, 2.760 consultas, 982 atendimentos no pronto-socorro e 243 procedimentos no Hospital Dia, voltado para cirurgias de baixa complexidade.
Cerimônia de inauguração
Os serviços de saúde para crianças e adolescentes de Maringá e de outros 212 municípios do Norte e Noroeste do Paraná serão ampliados com o hospitalar macrorregional. A cerimônia de inauguração ocorreu no complexo hospitalar, localizado na Avenida Sônia Guerra Nogarolli, no Eurogarden, e marcará o início dos atendimentos no local. O evento teve a presença do prefeito Ulisses Maia, do governador do Paraná, Ratinho Júnior, de representantes da Liga Álvaro Bahia e demais autoridades.
O governador do Paraná, Ratinho Junior, participou da cerimônia de inauguração do Hospital da Criança e destacou a importância da parceria com a Prefeitura de Maringá. “O Hospital da Criança é um ativo fantástico e importante para a nossa sociedade. O Paraná sempre teve boas estruturas hospitalares do SUS, mas concentrada em especial na capital. O Hospital da Criança é a descentralização dos atendimentos de saúde para crianças e adolescentes e representa a criação de uma rede de acesso à saúde mais próxima à população de Maringá e de mais de 200 municípios da região”, afirmou.
“Juntamente dessa parceria com a Prefeitura de Maringá, com os nossos deputados, representando toda a população, também o Ministério da Saúde, inaugurando esse que é um dos maiores complexos hospitalares infanto-juvenil do Brasil. É uma obra trabalhada por uma equipe gigante, com os melhores equipamentos hoje disponíveis no mercado para atender o tratamento de crianças, e acima de tudo um sonho de Maringá e do Paraná. É um hospital que não vai atender só a cidade de Maringá, mas vai atender cerca de 200 cidades do nosso estado, e ampliando o atendimento especializado para as nossas crianças. Ele se junta ao Hospital Pequeno Príncipe de Curitiba, Hospital Monastier e tantos outros hospitais que nós temos de atendimento às crianças, claro que com um tamanho, tanto na parte física, estrutural desse hospital, mas também com volume de equipamentos de alta tecnologia, que vai dar uma tranquilidade para os pais e mães quando os seus filhos, porventura, precisarem de algum tipo de atendimento”, disse Ratinho Júnior.
O prefeito Ulisses Maia destacou que é uma honra para Maringá receber uma das mais importantes obras de toda sua história. “Foram seis anos entre pensar a obra e durante seis anos construir, por em funcionamento com toda a complexidade que é, e passamos por dois anos de pandemia. Então é uma obra da dimensão e complexidade dela, feita em tempo recorde no Brasil. E é uma alegria a gente estar aqui hoje propiciando às crianças de Maringá e de todo o Noroeste do Paraná o direito de ser atendida aqui em Maringá, acabando com aquelas viagens intermináveis a Curitiba, onde as pessoas tinham muito sofrimento para conseguir o atendimento às suas crianças”, disse.
Atual secretário licenciado da Indústria, Comércio e Serviços, Ricaredo Barros era Ministro da Saúde quando o projeto do Hospital da Criança teve início. Ela destacou a importância do complexo para a infraestrutura local “MAringá forma 500 médicos por ano. Esse local vai ser um grande ambiente de aprendizagem, para esses médico que estudam em Maringá e vai ser campo de residência mécica para pessoas de todo brasil. A gente vai ganhar muito com a estrutura de profissionais que irão trabalhar nesse hospital, com mestres e doutores que vão melhorar o nível de atendimento em saúde na nossa cidade”, disse.
Gestão
O Hospital da Criança será gerido pela Liga Álvaro Bahia, entidade centenária que tem expertise reconhecida no cuidado da saúde da mãe e da criança. “Sabemos da importância do Hospital da Criança para a população de Maringá e região. Traremos a experiência que a Liga tem em saúde pediátrica para prestação de um serviço de qualidade e de referência. A cada nova fase de implantação do hospital, os atendimentos serão ampliados”, afirmou o superintendente geral da entidade filantrópica, Carlos Emanuel Melo.
A Liga Álvaro Bahia arrematou a operação do Hospital da Criança com proposta de R$ 210 mil pela outorga trimestral, o que representa pagamento de R$ 8,4 milhões pela concessão de uso por dez anos, além de R$ 12,3 milhões em investimentos obrigatórios, conforme contrato. No primeiro ano, a prospecção mensal de atendimentos do hospital é de 294 internações, mais de 2,7 mil consultas, 982 atendimentos de pronto-socorro, além de 243 procedimentos do Hospital Dia, serviço voltado para cirurgias de baixa complexidade.
Durante a inauguração do hospital, o presidente da Liga Álvaro Bahia, Carlos Emanuel Melo, destacou que trata-se de uma concessão e o trabalho será feito por uma forma de contratualização, onde a instituição recebe por produção e incentivos que foram ofertados para que se implante a operação do hospital. “Na realidade, o que fica mais marcante é que esse é um projeto de médio e longo prazo. Você estruturar uma operação com essa complexidade, partindo de uma cidade como Maringá, que vem crescendo, ela tem uma visão de longo prazo. É por isso que o projeto é faseado, onde nós vamos construindo uma densidade tecnológica que vai crescendo progressivamente, desde o atendimento ambulatorial, como é esse que nós estamos começando agora, até casos mais complexos como citados, de oncologia, mas também de cirurgia cardíaca e também de transplantes no futuro e outras lacunas assistenciais que podem estar aparecendo na região como um todo. Então podemos dizer que é um projeto de médio e longo prazo, e que começa a dar os primeiros passos hoje”.
Sobre o Hospital da Criança
O Hospital da Criança terá, no mínimo, 60% da capacidade para atendimento de pacientes do SUS. A prioridade será para a oncologia pediátrica, cardiologia e cirurgias cardiovasculares pediátricas, neurologia e neurocirurgia pediátrica, ortopedia pediátrica, transplantes, doenças raras e outras especialidades a serem contratualizadas.
O complexo hospitalar tem mais de 24 mil metros quadrados de área construída em um terreno de 88,6 mil metros quadrados e que foi cedido pelo Governo Federal.
Para construção, infraestrutura e compra de equipamentos e mobiliários do Hospital da Criança, foram investidos R$ 181,8 milhões. Do valor total, o município investiu R$ 17,5 milhões, o Governo do Estado repassou R$ 124,2 milhões, o Governo Federal destinou R$ 5,7 milhões e, por meio de contrapartida internacional, a Organização Mundial da Família (World Family Organization – WFO) injetou R$ 34,4 milhões.
Com informações de Luciana Peña, AEN e Prefeitura de Maringá