Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao acessar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.

23 de novembro de 2024

Hospital Universitário de Maringá completa 35 anos


Por Letícia Tristão/CBN Maringá Publicado 27/10/2023 às 17h51
Ouvir: 00:00
Foto: Heitor Marcon/UEM

O Hospital Universitário de Maringá surgiu de um desafio. Foi uma proposta feita pelo prefeito de Maringá na época, Said Ferreira.

Como Maringá estava crescendo e ainda não havia nenhum hospital público, junto com a implantação do curso de medicina na UEM, o desafio de começar os atendimentos foi lançado à comissão.

Quem participou ativamente desse processo foi o médico Paulo Donadio.

“O prefeito da época, o doutor Said Ferreira, que era médico e dono de um hospital privado na cidade, ele fez um desafio para o reitor da época que era Fernando Ponte de Souza, o desafio era criar os cursos de medicina e odontologia, se a universidade não criasse esses cursos seriam criados em outra universidade ou pública ou privada, então o reitor aceitou o desafio e que para isso se concretizasse o prefeito assumiu o compromisso de construir a primeira unidade do hospital universitário, que ele chamava de pronto socorro e embrião do futuro hospital universitário, e a prefeitura cumpriu o compromisso”.

Em 28 de outubro de 1988, há 35 anos, hospital foi inaugurado, o primeiro atendimento, 20 de janeiro do ano seguinte.

“Nós trabalhamos em 87, fizemos a proposta, foi aprovada em 88 e as primeiras turmas começaram em agosto de 1988, ai o hospital foi sendo construído e começou a funcionar em janeiro de 1989, como eu já era médico fui mandado para o hospital para contribuir com as enfermarias, dessa forma, o hospital nasceu e cresceu com esse desafio, que foi financiado pela prefeitura mas que já pertencia a universidade”.

O hospital que começou pequeno foi crescendo exponencialmente de acordo com a demanda da região, que era grande. E se tornou essa referência em atendimento em tantas áreas.

” Eu tenho muito orgulho de trabalhar no hospital universitário de Maringá, mesmo com todas as dificuldades é uma honra atender essa população que tanto necessita e eu sempre transmito isso para os meus alunos, que podemos fazer com excelência o nosso trabalho publico”.

E quem estava também desde o início era a Zenilda Beltrame. Sempre na área administrativa, ela passou por muitos setores dentro do HU. Acompanhou de perto cada evolução.

” Foi uma grande trajetória aqui no hospital, então desde lá no campus até aqui eu vim acompanhando etapa por etapa, e o crescimento do hospital do universitário, isso me traz muito orgulho, fazer parte da equipe e da historia do Hu e dos cursos de medicina e odontologia”.

A Zenilda é uma das 1500 pessoas que trabalham no HU atualmente. Por trás da história de fundação e crescimento do hospital, há o suor do trabalho duro de cada servidor, médicos, enfermeiros, técnicos, zeladores…

” Eu continuo trabalhando e disposta, assim como todos aqui, em ver o hospital crescendo cada dia mais”.

O HU foi o primeiro hospital de Maringá a fazer atendimento 100% SUS e continua assim até hoje. Por ano, são 6 mil pacientes atendidos no HU. Os atendimentos vem de toda a região noroeste do estado e até de outras cidades, já que o HU é referência em muitas especialidades médicas, explica a superintendente do HU, Cremilde Radovanovic.

” Ele atende aqui em Maringá e na 15 Regional de Saúde que envolve 30 municípios e também em algumas especialidades atende a macrorregional que envolve 115 município, chegando a quase 2 milhões de pessoas atendidas “.

Em 2022, foram 69 mil pacientes. Só de UTIs, são 5. E o maior desafio continua sendo a busca incessante por investimento para ampliação da estrutura e de quadro de servidores.

” Nós não temos concurso para a contratação de servidores a algum tempo e precisamos de recursos, mas, hoje nós temos credenciamento ai ele trabalha por hora, então nós precisamos de recursos financeiros para ter recursos humanos e para crescer, então o nosso maior desafio é trazer recurso para o Hu “.

O próximo passo é a construção do centro cirúrgico, explica Cremilde.

” Nós estramos no processo de iniciar a licitação, para a construção de novos centros cirúrgicos, atualmente temos centro cirúrgicos com 4 salas e o novo terá 11 e isso para a região será um grande ganho”.

E segundo Donadio, o primeiro projeto estrutural do HU ainda não está concluído.

” Temos grandes desafios pois o HU não está 100% finalizado, mas tem um papel de grande importância na assistência publica de Maringá e região “.

E não há como não mencionar talvez o maior desafio que a saúde enfrentou no último século, que foi a pandemia de Covid-19. Além da sobrecarga, há males que vêm para bem, explica Donadio.

“Primeiro o hospital teve que se adaptar a primeiro momento para atender a demanda, e hoje, em decorrência da pandemia o hospital acabou crescendo, facilitando abertura de leitos ampliação do hospital”.

Toda a magnitude do HU e a importância dessa referência em atendimento na região, sem se esquecer que o hospital foi criado para ser também um hospital-escola. São 12 programas de residência médica além de outros cursos da UEM que fazem pesquisa no hospital. São 1091 alunos, todos os dias, aprendendo na prática a realidade de um hospital e como é cuidar de vidas e desenvolver ciência, explica Cremilde.

“Nós somos um hospital formador, então nós formamos vários profissionais e esses profissionais vão para o atendimento da nossa região e até mesmo para o mercado de trabalho nacional, e isso é muito importante pois somos referencia para muitos “.

Mesmo com os desafios diários de uma unidade hospitalar pública com tanta demanda, o apreço de quem respira o HU e tem uma história de vida sempre relacionada ao crescimento do hospital, conta, emocionada, a Zenilda.

” Eu tenho uma grande relação com o hospital universitário e fico até emocionada em falar, pois eu morei ali, e cresci ali, o quintal da minha casa era ali, quando eu comecei na universidade era um sonho me formar e trabalhar ali “.

Com tanto para melhorar e avançar, há também muito para agradecer e se orgulhar nesses 35 anos de história, reforça a superintendente.

” Eu sempre falo hoje Maringá não vive sem o hospital universitário, temos sim muitas dificuldades, mas também temos muito a agradecer e se orgulhar pois sempre damos um atendimento de excelência”.

Veja outras matérias na CBN Maringá.

Pauta do Leitor

Aconteceu algo e quer compartilhar?
Envie para nós!

WhatsApp da Redação