03 de junho de 2025

Hotéis de Maringá fecham ano com taxa de ocupação média abaixo do esperado


Por Redação GMC Online Publicado 15/12/2020 às 13h50 Atualizado 26/02/2023 às 15h32
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Foto: Ilustrativa/Nik Lanús/Unsplash

A hotelaria foi fortemente abalada pelo impacto da pandemia do novo coronavírus. A nível Brasil, os hotéis demonstram agora começar a recuperar algum fôlego. Mas em Maringá, apesar do otimismo permanecer, os números devem fechar em 2020 bem abaixo do esperado no início do ano. Logo no início da pandemia, a rede hoteleira de Maringá permaneceu fechada por mais de 30 dias. Mesmo após autorização para reabrir, alguns hotéis retornaram às atividades meses depois, em função da baixa demanda.

A previsão de um hotel no centro de Maringá, filiado ao Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, é que a taxa de ocupação anual feche em 29,25% em 2020. Já outro hotel filiado avalia que a ocupação média do ano deve ficar em 18%. Números muito abaixo do esperado. “Consideramos um ano perdido, pois do que estava previsto no orçamento, não vamos atingir 50%, ou seja, nem metade”, analisou o gerente-geral do hotel.

Normalmente, em tempos sem pandemia, a taxa de ocupação da rede hoteleira de Maringá mensal varia entre 60% e 80%, levando esses números a taxa média anual.

Outro hotel filiado destaca que a taxa de ocupação anual deve ficar 30% abaixo do que era. “Não é taxa de ocupação de 30%. Na verdade, a taxa de ocupação está bem abaixo de 30%”, enfatiza o hoteleiro.

O gerente de operações de outro hotel filiado ao Convention tem uma das estimativas de taxa média anual mais altas até o momento: 46%. “Considerando os meses trabalhados, vamos fechar com 46% de ocupação”, afirma.

É uma análise dura a se fazer do setor. Somente em dezembro, outro hotel filiado ao Convention destaca que a taxa de ocupação deve ficar entre 15% e 20%. “Infelizmente”, enfatiza. 

A gerente-geral de outro hotel filiado destaca que este mês, os números devem ficar 25% abaixo do que era esperado. “A expectativa é de 25% abaixo do que havíamos previsto”. Os números de dezembro na hotelaria de Maringá foram afetados também em função de duas variáveis: a não realização do Maringá Encantada, período de Natal da cidade, e o fechamento do Aeroporto de Maringá, por 15 dias no início do mês.

Perfil do cliente

Acredito que o perfil do hóspede não mudou muito, pois a maioria das nossas reservas continua sendo corporativo, hóspedes vindo a Maringá a trabalho. Identificamos que o hospede corporativo passou a consumir mais no hotel no serviço de Room Service, identificamos também que nos fins de semana tivemos um aumento na ocupação, são famílias de cidades da região que estão vindo para Maringá e passando o fim de semana no hotel”, avaliou o gerente de operações de um hotel no centro da cidade também filiado ao Convention.

Já outro hoteleiro destaca que sentiu mudanças no perfil dos hóspedes. “Percebo que os hóspedes estão mais exigentes, principalmente quanto a limpeza. O perfil também teve algumas alterações, logo que reabriamos, 1/3 dos hospedes da região vieram se hospedar a lazer – porque estavam cansados de ficar em casa”, explica.

“Acho que eles estão procurando muito mais segurança, por isso buscam aqueles hotéis que mais se preocuparam em adotar protocolos de segurança. Uma limpeza eficiente para garantir sua hospedagem tranquila sem perigo de contaminação”, analisa outro hoteleiro.

Outro hoteleiro avalia que é difícil mensurar se houve uma mudança no perfil do cliente. “É óbvio que nesse período as pessoas estão agindo diferente. É uma época muito difícil para o setor. O perfil de férias normal é diferente do que temos agora. Antes tínhamos famílias que vinham para viajar para Foz do Iguaçu, para parques aquáticos, e agora não temos. Vamos ter que esperar a pandemia passar para avaliar melhor isso”, disse.

Tendências

A avaliação geral do setor é que a maior preocupação com os cuidados e higiene deve permanecer mesmo pós-pandemia. “A tendência da hotelaria é cada vez mais investir na higienização e controles que permitam dar segurança para seus hóspedes, investir mais em divulgação e mídia social dos seus protocolos para conquistar aqueles hóspedes que planejam viajar”.

Apesar dos números negativos, o setor permanece otimista, mas para o segundo semestre do próximo ano. “Estamos confiantes que no segundo semestre as coisas comecem a melhorar, mas o primeiro semestre ainda estamos cautelosos e conservadores sem grandes expectativas em virtude de, sem pandemia, já ser naturalmente fraco janeiro e fevereiro. Porém com o aumento dos casos e sem uma luz sobre o retorno dos eventos fica bastante difícil de uma grande ocupação no primeiro semestre”, analisou o hoteleiro.

As informações são do Maringá e Região Convention & Visitors Bureau.

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