A tradicional cena de pacientes sendo atendidos nos corredores do Pronto Socorro do Hospital Universitário (HU) de Maringá foi um dos motivos que levaram o Conselho Regional de Medicina (CRM) a aplicar um indicativo de interdição ética no HU.
O indicativo foi retirado oficialmente nesta segunda-feira (3) por conselheiros do CRM que estiveram no hospital. Eles arrancaram das portas de entrada e corredores do HU o cartaz que avisava sobre a interdição.
Um ato simbólico, mas que tem um significado importante. Significa por exemplo, que além de não haver mais macas nos corredores, os plantões no fins de semana estão com equipes completas. Nenhum paciente vai deixar de ser atendido por falta de médico.
Para atender o CRM, a superintendência do HU remanejou médicos e outros servidores, credenciou novos médicos, pelo menos 29, agilizou os exames, abriu leitos que estavam interditados e racionalizou a permanência de pacientes no HU. Agora, eles seguem para o hospital de referência com mais rapidez.
A superintendente do HU, Elisabete Kobayashi, ficou aliviada de ver o CRM rasgando o aviso de indicativo de interdição ética.
“Nós sofremos bastante nesses 60 dias, trabalhando dia e noite para tentar regular, gerenciar o nosso pronto socorro. […] Hoje, o nosso PA amanhece com 10, 20 pacientes internados, e nós temos 40 leitos dentro do pronto socorro. Às vezes até atinge a capacidade máxima de 40, mas não temos mais pacientes no corredor”, afirma Elisabete.
O Pronto Socorro atende até 7 mil pessoas por mês.