A Polícia Civil passou a tratar como homicídio culposo na condução de veículo automotor a morte da motociclista Kelly Ferreira dos Reis, ocorrida após um grave acidente na BR-376, em Maringá. A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 1º, pelo delegado responsável pelo caso, Francisco Caricati.
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“Trata-se, inicialmente, de um crime culposo, um acidente de trânsito. No entanto, isso não significa que outras possibilidades estejam descartadas. As investigações seguem e podem apontar para conclusões diferentes”, afirmou o delegado.
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O acidente aconteceu neste final de semana, nas proximidades do Tenda Motel, no sentido Iguatemi–Maringá. Kelly seguia de moto com a filha, de 11 anos, quando foi atingida na traseira por um Renault Kwid. Com o impacto, mãe e filha foram arrastadas por vários metros.
A criança sofreu fratura no fêmur, trauma abdominal e outros ferimentos, sendo encaminhada em estado grave ao Hospital Bom Samaritano. Kelly teve múltiplas lesões, entrou em parada cardiorrespiratória e, apesar das tentativas de reanimação pelas equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e do Samu, morreu ainda no local. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal.
Após a colisão, o motorista do Kwid ainda rendeu o condutor de uma Saveiro que havia parado para prestar socorro, anunciou o assalto, roubou o veículo e fugiu. Segundo o delegado, além do crime de trânsito, o suspeito poderá responder também por furto ou roubo, a depender da comprovação de violência ou grave ameaça.
“Em tese, ele também cometeu o crime de furto ou roubo do veículo utilizado para a fuga. Isso será apurado”, explicou Caricati. O Kwid envolvido no acidente havia sido adquirido recentemente em uma concessionária de Maringá. O carro roubado foi localizado no dia seguinte por uma equipe da Polícia Militar em Mandaguaçu. O motorista ainda não foi encontrado.
A polícia informou que o suspeito trabalhava como motorista de aplicativo e utilizava um veículo alugado. O contrato de locação já está com os investigadores, mas, até o momento, ele não foi localizado. A identidade ainda não foi oficialmente divulgada.
Kelly era integrante do grupo feminino de motociclistas Lokas MC e trabalhava na Águas de Sarandi. Ela deixa dois filhos. As circunstâncias do acidente, a dinâmica da colisão e os crimes cometidos após o atropelamento seguem sob investigação.