‘Investimento em pesquisa é prioridade’, diz fundadora do Grupo Sabin
A fundadora do Grupo Sabin Diagnóstico e Saúde, atualmente presidindo o Conselho Administração, Sandra Costa, esteve nesta quinta-feira, 6, em Maringá. A empresária, farmacêutica de formação, contou como foi o início do grupo especializado em exames clínicos e por imagens, no final da década de 1970.
Em qualquer cenário econômico, a palavra de ordem é investimento em pesquisas, diz a empresária. “Hoje a pesquisa genômica é a que mais demanda investimentos. É o futuro”.
Confira a entrevista:
Luciana Penã – Qual o motivo da sua vinda a Maringá?
Sandra Costa – Eu estou no conselho. Fazem dez anos que nós fizemos esse movimento, eu sou a fundadora, eu e minha sócia Janete Vaz. A empresa está completando 40 anos esse ano. E hoje, a gente visita as nossas operações. Nós começamos esse processo de expansão geográfica para todo o Brasil entre 2011 e 2012. E nós estamos aqui em Maringá desde 2018, especificamente no estado do Paraná desde 2016. Chegamos em Londrina, depois aqui em Maringá, nessa cidade maravilhosa, com uma qualidade de vida estupenda. Enfim… nós realmente visitamos as nossas operações fora de Brasília, porque nós estamos hoje em quase todas as regiões do Brasil. A Sede é em Brasília, e é uma empresa que nasceu fundada por duas mulheres, e que este ano inclusive completa 40 anos, começamos com três colaboradores. Mas o objetivo, principalmente, hoje como eu estou na posição do Conselho, numa visão mais institucional, mais estratégica, é divulgar e disseminar. Eu falo que o ponto fundamental é a nossa cultura humanizada, o nosso jeito Sabin, então é uma rotina constante estarmos sempre visitando as nossas operações. E estamos aqui em Maringá, encantados com as nossas unidades. Enfim, é muito bom estar aqui com vocês.
Luciana Penã – Esse início de história principalmente, tem a ver com o empreendedorismo feminino. Conta um pouquinho para gente dessa história.
Sandra Costa – Então, eu sou uma pessoa realmente muito empreendedora, eu sou farmacêutica bioquímica. Sou mineira, formei na UFMG. Mas fui para Brasília em 1979 e eu tenho essa visão, esse incentivo, estímulo que eu tive da minha mãe. A minha mãe era uma costureira, mas ela sempre fez daquilo um negócio. Então eu realmente aprendi muito. Eu trouxe isso de casa, essa visão de negócio, então nunca pensei que eu seria capaz de fazer algo de menos. Depois, eu conheci a Janete e em 1984 nós fundamos o Sabin. A gente sabe que empreender no Brasil não é fácil. Principalmente nós, naquele início, estávamos no início da nossa carreira profissional, mas também da nossa fase como mulher, como mãe…Nós sabemos as lutas das mulheres, de uma maneira geral, hoje não é diferente, e isso nós trouxemos para o Sabin. Nós sabemos que precisamos criar um ambiente acolhedor e um ambiente próprio. Então nós buscamos sempre incentivar as mulheres para que elas acreditem e desenvolvam seus sonhos e possam seguir não só as suas carreiras, mas seu crescimento. O Sabin é uma empresa realmente, um pouco fora da curva, porque ela dá oportunidade e cria oportunidade. Nós temos 77% de mulheres no nosso quadro. É uma empresa de saúde, já é um pouco natural isso, mas 74% dessas mulheres estão em cargos de liderança. E isso não é apenas um indicador, uma estatística, mas é resultado de políticas, de investimentos, de estímulos que a gente tem para que as mulheres invistam realmente em suas carreiras. E o ponto também que eu vejo importante são os atributos que as mulheres possuem, como sensibilidade, usar a razão e muitas vezes a emoção, essa questão também de dar muita agilidade nas decisões, de promover um ambiente saudável, de buscar fazer isso. Então, esses atributos, eles hoje são muito bem-vindos dentro das organizações. Eu costumo falar que é aquela liderança compreensiva, mas que ela traz bons resultados, eu e a minha sócia, Janete, costumamos dizer que temos essa bandeira para incentivar as mulheres, para que investam nas suas carreiras, não só empreender, mas também para que conheçam essas lutas e acreditamos muito na diversidade e na inclusão.
Ouça a entrevista completa:
