Jardim Universitário sofre com aglomerações de jovens nas madrugadas

Depois que os bares fecham, jovens de todas as partes da cidade ocupam a principal rua do Jardim Universitário, em Maringá, com carros de som, bebida e drogas. Além do barulho, os moradores se queixam da falta de segurança. Esta semana um jovem foi morto. Para coibir a poluição sonora a fiscalização da Prefeitura de Maringá vai começar a usar um equipamento novo.
O sonómetro é um equipamento com tecnologia moderna que mede o volume do som em um determinado ambiente.
São duas etapas. Na primeira o sonómetro capta o som ambiente. Na segunda etapa é feita a leitura para ter certeza que o som produzido, por exemplo, num bar ou restaurante, está acima dos decibéis permitidos por lei. É o que explica a diretora-presidente do Instituto Ambiental de Maringá (IAM), Juliane Kerkhoff.
“A segunda etapa é por meio da aplicação de um software. O técnico vai fazer a leitura desses dados captados pelo sonómetro, fazendo aí o tratamento de dados, retirando ruídos de fundo, ruídos que não façam parte daquele som que está sendo monitorado, que está sendo medido. Assim, nós teremos, ao final do tratamento, uma medida fidedigna da emissão sonora que estamos monitorando, para poder, se for o caso, estar notificando dentro de uma realidade muito mais fidedigna”, explica Juliane
Os agentes públicos estão sendo capacitados e em setembro deve começar a fiscalização com esta nova ferramenta.
Tem muito trabalho pela frente. Em vários bairros da cidade a poluição sonora tem tirado o sossego dos moradores.
A situação é tão grave que síndicos se uniram e criaram uma associação com 105 integrantes.
O vice-presidente da Associação dos Síndicos de Maringá (Assimar), Marcelo Bressan, pode contar por experiência própria como é a situação no Jardim Universitário. Lá o problema são as aglomerações.
“São pessoas que ficam na região aglomerando, principalmente na Rua Paranaguá, depois que os bares fecham, e ficam usando carro de som, promovendo todo tipo de algazarra, fazendo uso de drogas. A maior parte desse público são adolescentes, que vêm de outras regiões da cidade, às vezes até de outras cidades próximas, e permanecem madrugada adentro. Nós tivemos, só aqui na nossa região, mais próxima de Paranaguá, três homicídios este ano, o mais recente foi ontem, no início da madrugada. E nós temos convivido com isso aqui diariamente, são vários dias na semana”, diz Marcelo.
Segundo a Assimar, o patrulhamento policial aumentou depois que a associação realizou uma audiência com a participação de forças de segurança.
A CBN entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda um retorno. Para reclamações de som alto o telefone é o 153 da Guarda Municipal.
