Kombi 1959 é ‘ressuscitada’ de ‘cemitério’ e volta para as ruas de Maringá; VÍDEO


Uma kombi, modelo Standard, ano 1959, está parando o trânsito nas ruas de Maringá. A relíquia atrai olhares curiosos por onde passa. Algumas pessoas nem acreditam que uma Kombi tão antiga está andando pela cidade com a documentação toda em dia no Departamento de Trânsito do Paraná (Detran).
A restauração ficou por conta do próprio dono, Fabiano Ficher, 41 anos, conhecido na cidade pelo trabalho que faz de restauração de Kombis e Fuscas. Ele tem uma chácara em Maringá onde estão estacionados dezenas de veículos que aguardam restauração. Saiba mais sobre o local aqui.
Veja abaixo um vídeo do local, onde muitos chamam de “cemitério”, mas ele prefere chamar de “hospital”.
Ressuscitação
Foram oito meses de trabalho para conseguir deixar a Kombi pronta, com mecânica em dia, documentação certinha e com o estilo original de fábrica.
Ficher disse ao GMC Online que comprou a carcaça da Kombi por R$ 500 e começou no ano passado a juntar peças para iniciar o processo de “ressuscitação”.
“Ela estava em Assis [São Paulo] num ferro velho e cheio de árvores dentro dela. Achei o dono e depois de seis meses lutando consegui regularizar o documento junto ao estado de São Paulo. É tudo bem burocrático por ser um carro muito antigo. Ela estava muito velha e podre e aí tive que fazer um trabalho muito bem feito”, contou Ficher, orgulhoso do trabalho que fez.
Até onde se tem notícias, a Kombi de Fabiano Ficher é a mais antiga em circulação no interior do Paraná. Existem outras do mesmo ano, 1959, mas não podem rodar por falta de documentação. Mas, a de Ficher, está pronta para andar pela cidade ou até mesmo viajar. VEJA o vídeo abaixo.
Fabiano disse que investiu muito na Kombi para deixá-la mais original possível. Alguns detalhes peculiares, como lanternas e vidros traseiros menores e luzes de seta do tipo “bananinha”, ele conseguiu colocar. O modelo do para-choque é vincado, considerado raro por ser da primeira Kombi. A roda é outra relíquia, um modelo aro 15 e com quatro buracos de ventilação.
“Investi mais de R$ 120 mil por causa das peças que são bem raras. A peça dela, a bananinha, comprei na Malásia. A mecânica coloquei moderna mas com a estética original. Foram oito meses trabalhando somente em cima dela. Transformei ela numa Kombi nova. Ficou linda”, disse o restaurador de Kombi.
Um outro detalhe que chama muito a atenção pela originalidade do modelo e do ano é a quantidade de janelas que a Kombi do Fabiano tem. São 11 janelas, o que demonstra que é o primeiro modelo de Kombi lançado pela Volkswagen.

Preço da relíquia
Ficher pegou amor na Kombi, mas garante que se alguém oferecer o valor que vale ele vende, afinal, ele vive desse trabalho. Mas para levar a Kombi para casa é preciso pagar a bagatela de R$ 230 mil. Caso contrário, Fabiano continuará curtindo a relíquia.
“Não se tem registros de uma Kombi tão antiga em circulação no Paraná. Vou vender ela por R$ 230 mil porque ela é rara e investi bastante tempo e dinheiro para deixar ela do jeito que ficou. É trabalhoso, mas no final quando você vê o resultado é prazeroso demais”, complementou Fabiano.























