‘Levar o nome de Maringá para um recorde internacional foi a maior honra da minha vida’, diz Fabricio após salto com 104 paraquedistas


Por Thiago Danezi

O maringaense Fabricio Macoto , de 44 anos, participou da quebra do recorde sul-americano de formação em queda livre, que reuniu 104 paraquedistas de seis países da América do Sul. O feito histórico aconteceu entre os dias 16 e 20 de junho, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, e marcou a superação do recorde anterior, de 2013, que havia reunido 103 atletas.

Fabricio é instrutor da Fly Paraquedismo Londrina e atua há mais de uma década na formação de novos atletas. Ele também é presidente da Federação Paranaense de Paraquedismo e, durante a semana, trabalha como corretor de imóveis em Maringá, sua cidade natal. Apesar de atuar profissionalmente no paraquedismo em Londrina, ele reforça: “Sou maringaense com muito orgulho. Levar o nome de Maringá a um evento internacional foi uma das maiores honras da minha vida”, conta em entrevista ao Portal GMC Online.

Foto: Paulo Henrique Perini | Instagram

A formação em queda livre exigiu precisão milimétrica: os 104 atletas precisaram se conectar simultaneamente no céu, em uma figura previamente definida. Segundo Macoto, o salto é muito técnico e demanda uma preparação extensa, que envolve treinos físicos, fortalecimento, mobilidade, parte mental e adaptação logística. “Esse recorde não é uma competição. Ninguém vence ninguém. O objetivo é a conexão de todos. O salto só vale se todas as posições forem preenchidas. É o único esporte onde todo mundo se conecta para quebrar um recorde”, explica.

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Vídeo: Arquivo Pessoal

A organização definiu com antecedência o desenho da formação e a posição de cada atleta. Biotipo, velocidade de queda e experiência foram levados em conta para determinar o lugar de cada um dentro da figura aérea. “Não adianta chegar antes ou depois. Você precisa estar na posição certa, no momento certo, e conectado com a pessoa certa. É como uma coreografia no céu”, resume.

Além da técnica e do desempenho individual, a segurança foi o ponto central da operação. “Independentemente de alcançar o recorde ou não, a prioridade sempre é a segurança. Só depois vem o desafio técnico”, conta Macoto, que destaca ainda o trabalho em equipe como principal diferencial da conquista.

A escola onde atua, Fly Paraquedismo, levou quatro representantes para o salto, o que representa cerca de 4% de todos os atletas participantes. “Isso mostra a força da nossa escola e o potencial da nossa região. Temos aqui no norte do Paraná um celeiro de grandes paraquedistas”, afirma.

O salto histórico só foi concluído na 12ª tentativa, no último dia do evento. Foram cinco dias de treinos intensos até a conquista. “O pessoal pergunta quais são meus próximos objetivos. Quero continuar sendo convocado para outros recordes, continuar formando novos atletas e, principalmente, seguir investindo na base aqui de Maringá e região. Nosso trabalho é preparar, com segurança, os paraquedistas do futuro”, conclui Macoto.

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