Mãe contesta afirmação de que não faltam vagas para crianças de 0 a 3 anos em Maringá


Por Luciana Peña/CBN Maringá
image
Imagem Ilustrativa | Foto: Arquivo/PMM

No dia 24 de maio deste ano, em entrevista à CBN Maringá, a secretária de Educação de Maringá, Nayara Caruzzo, falou sobre as medidas que seriam adotadas pelo Município para atender a lei federal nº 14.851.

Essa lei entrou em vigor no começo de maio e obriga municípios a criar mecanismos para levantar e divulgar a demanda por vagas em Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis) para crianças de zero a três anos de idade.

Nesta entrevista a secretária disse que a lista de espera por vagas na rede pública de ensino era de 300 crianças. A secretária também disse que não faltavam vagas, o problema é que muitas mães preferiam esperar por uma vaga no Cmei mais próximo de casa.

“Nós temos vaga. Então, em 2017 essa lista de espera era de mais de 5 mil crianças e hoje nós temos uma lista de espera de pouco mais de 300 crianças. Lembrando que ainda assim são ofertadas vagas para essas crianças e essa fila ainda é remanescente porque muitas das famílias optam em não aceitar a vaga na unidade que foi oferecida”, afirmou a secretária.

Ainda segundo a secretária, a Seduc iria fazer uma busca ativa para conhecer a demanda por vagas para crianças de zero a três anos, atendendo a nova lei.

“Então a gente vai ter que fazer uma união dos sistemas da saúde, do sistema da assistência social, do sistema da rede privada para que a gente possa localizar onde estão essas crianças por meio do censo e geolocalizá-las. Então a gente vai saber exatamente onde essas crianças vão estar por território”, acrescentou Nayara Caruzzo.

Mas uma internauta que ouviu a entrevista no site da CBN Maringá entrou em contato para contestar a informação.

Aline Valente Pereira diz que há 20 dias percorre unidades escolares, Central de Vagas, Seduc e Conselho Tutelar para conseguir uma vaga para o filho Heitor, de 1 ano e oito meses, que está na lista de espera de um Cmei desde abril.

A informação que ela obteve é que não tem vaga nenhuma. Aline diz que não tem preferência por Cmei, só precisa da vaga para voltar a trabalhar fora de casa.

“Antes eu trabalhava em casa, então eu conseguia ficar com ele aqui comigo. Agora eu vou mudar de serviço, vou para um emprego CLT e eu começo segunda-feira, mas já faz uns 20 dias que eu estou atrás de vaga e eu não consigo. Eu moro aqui no Conjunto Madri, então eu coloquei ele na no Cmei Monsenhor Kimura. Eu fui na CEDUC, eu fui na Central de Vagas… eu falei que não precisa necessariamente ser lá… pode ser outra… mas elas me informaram que não tem vaga em nenhum Cmei… e nem em compra de vagas e que não tem o que fazer”, explica a mãe.

Aline também questiona a busca ativa que a Seduc faria para atender a nova lei federal.

“Eu digitei central de vagas no Google e apareceu essa reportagem de vocês, que é de maio, falando que eles estavam com vagas disponíveis, e os que estavam na lista de espera era porque os pais não aceitavam ser outra creche daquelas que foi listada na preferência, o que não é verdade. E que eles fariam uma busca ativa com quem estava na lista de espera. Essa reportagem é de maio e até então ninguém entrou em contato comigo”, expôs Aline.

A CBN entrou em contato com a Prefeitura de Maringá e aguarda um retorno.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá. 

Sair da versão mobile