
Em uma casa pequena, de alvenaria, no Jardim São Jorge, em Maringá, vive uma das famílias da cidade que mais representa o verdadeiro amor de mãe. A fisioterapeuta Jéssica Caetano de Lima Soares, de 30 anos, e o marido Thiago Leite Soares, de 31 anos, sempre sonharam em adotar um filho ou gerar o próprio bebê. E acabaram adotando não somente uma, mas quatro crianças ao mesmo tempo. Essa é a história da família que adotou quatro irmãos, que estavam em um orfanato de Curitiba.
Jéssica disse que quando soube da história dos irmãos, pela equipe que estava ajudando o casal na adoção, ficou apaixonada. Mas, segundo ela, ao ver os pequenos de perto ela já sentiu na hora o amor de mãe.
“Eu vi eles e senti que eram meus filhos. Meu marido também ficou muito feliz e decidimos não separá-los. Eles são muito queridos, obedientes, cada um com seu temperamento, mas são meus filhos. Não tem como não falar que eles são um presente de Deus pra gente”, disse a mãe.
A mãe tem uma rotina de trabalho e dedicação aos filhos. Pela manhã ela fica com eles, cozinham juntos, estudam, revisam tarefas, brincam e, à tarde, ela trabalha e o marido fica com os filhos do casal. Jéssica disse que é uma rotina muito gostosa e que ela sonhava muito em ter essa família com o Thiago.
“Eu fico com eles pela manhã e trabalho à tarde e meu marido trabalha cedo e fica com eles à tarde. Me sinto muito feliz. Quando estou trabalhando não vejo a hora de voltar para casa. Fico pensando: será que eles comeram, será que estão bem. Sou a mãe mais feliz do mundo”, contou Jéssica com um sorrisão no rosto.
Os quatro irmãos são José Eduardo, de 12 anos, Cecília, de 11 anos, Helena, de 10 anos, e Rafael, de 8 anos. Todos se apaixonaram por Maringá e gostam muito de passear pelos parques da cidade e, também, visitar os avós. Eles disseram que se adaptaram muito rápido e que os pais são muito especiais.
“Eu gosto muito da minha mãe. Ela é brava e querida ao mesmo tempo. [risos]”, disse Helena, de 10 anos.
E cada um já se encantou por um ponto da cidade ou da região. Eles chegaram em Maringá para morar com os pais adotivos em maio de 2019.
“Eu gosto muito de ir nas casas dos meus avós em Doutor Camargo”, José Eduardo, de 12 anos.
Já a Cecília e a Helena amam o Parque do Ingá e sempre que podem vão passear por lá com os pais e irmãos. O Rafael gosta de um outro parque de Maringá.
“Eu adoro ir no Parque do Japão e também na missa”, disse Rafael, de 8 anos.
Amor de mãe é presente na família
O amor de mãe é visto em pequenos detalhes que a Jéssica tem pelos quatro filhos. Desde os cuidados com as roupas de cada um até no preparo do alimento para a família. A fisioterapeuta é apaixonada pela família que Deus preparou para ela.
“Eu não me canso de falar que foi um presente de Deus. Foi um encontro de almas. A gente sempre quis ter uma família numerosa. Quatro filhos eu já tenho e se Deus me preparar mais eu aceito. Desde que conheci eles os reconheci como filhos. A energia deles é muito boa. Cuido mesmo com amor e atenção dos meus presentes”, disse.
Ao chegar em Maringá e sentir o amor que receberam dos pais, as crianças decidiram trocar até mesmo os primeiros nomes. Geralmente se troca o sobrenome, mas eles decidiram mudar totalmente de identidade para começar uma nova história com a família. Todos receberam nomes bíblicos e foram escolhidos por eles mesmos.
“Ser mãe é amar incondicionalmente um filho mesmo que ele não corresponda aquilo que eu pensei e planejei para ele. Ser mãe é educar e ensinar incansavelmente. Ser mãe é um dom capaz de amar um ser que não saiu de você, mas que foi criado por Deus para você, que é o meu caso. Esse amor não enxerga cor, idade e nem sexo pois esse amor de mãe é puro e confia plenamente nos desginos de Deus. Eu amo ser mãe”, disse Jéssica.
Veja o vídeo dos quatro irmãos com a mãe falando da cidade e do amor deles
Jéssica e Thiago recomendam a adoção
O casal de Maringá que adotou os quatro irmãos recomenda muito a adoção. Jéssica disse que como em todas as famílias os problemas acontecem, mas na adoção os pais têm um grande suporte da Justiça e de inúmeras pessoas envolvidas no processo.
“O casal estando muito alinhado e tendo esse desejo no coração tem que fazer a adoção. Há muito medo e não precisa ter não. E também não precisa ser bebê. O amor nasce no momento em que você vê a criança. É algo inexplicável. Eu recomendo muito”, disse Jéssica.
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