Mãe denuncia professor que teria oferecido dinheiro para baterem no filho dela

A Polícia Civil de Maringá está apurando uma denúncia contra um professor da rede estadual de ensino por incitação à violência. A queixa foi registrada pela mãe de um aluno que chegou em casa com ferimentos na cabeça e relatou que um professor teria incitado outros estudantes a agredi-lo.
De acordo com a denúncia, o professor teria oferecido dinheiro para quem batesse no aluno. A queixa foi registrada na delegacia central e resultou em dois inquéritos: na Delegacia do Adolescente, para apurar a participação de estudantes na agressão e no Núcleo de Proteção à Criança e Adolescente (Nucria) para apurar a conduta do professor. O Nucria vai instruir o procedimento e realizar a escuta especializada da vítima.
O Núcleo Regional de Educação se manifestou sobre o caso.
Veja a nota na íntegra:
“Sobre a situação ocorrida no Colégio Estadual Tânia Varella Ferreira, em Maringá, a Secretaria de Estado da Educação do Paraná (SEED-PR) informa que, assim que a escola tomou conhecimento do fato, adotou imediatamente as providências necessárias.
A equipe pedagógica ouviu os envolvidos no mesmo dia, orientou o professor a rever sua postura e conduta em sala de aula, e registrou os relatos em ata para acompanhamento. A escola também notificou formalmente o Conselho Tutelar, assegurando o encaminhamento adequado da situação.
A SEED-PR reforça que repudia qualquer forma de violência no ambiente escolar e está acompanhando o caso com atenção.”
Em entrevista ao Portal GMC Online, o conselheiro tutelar Vandré Fernando detalhou os próximos da investigação. “O colégio, assim que soube, comunicou o Conselho Tutelar e registrou atas anteriores envolvendo o professor. A escola tem câmeras, e as imagens podem ser analisadas com leitura labial, se a Justiça considerar necessário”, afirmou o conselheiro.
Vandré destacou que a vítima e a família foram acolhidas, e um acompanhamento psicológico será feito com os alunos envolvidos na agressão. O professor vai responder a processo judicial e poderá ser afastado da escola, conforme decisão da Justiça.
“Alguns pais estão dizendo que não vão levar os filhos enquanto o professor continuar na escola. Entendemos a revolta, mas pedimos que tudo seja feito dentro da lei. Recebemos ameaças de que pessoas querem agredir o professor, e isso não pode acontecer”, alertou.
Duas psicólogas foram enviadas à escola para ouvir professores e ajudar no encaminhamento do caso. O Conselho Tutelar encaminhará o inquérito ao Ministério Público e solicitará avaliação do Poder Judiciário sobre o afastamento preventivo do professor.
“Estamos agindo conforme a lei. A comunidade precisa entender que haverá consequências, sim, mas dentro dos trâmites legais. Nosso papel é proteger a criança e orientar a comunidade”, reforçou Vandré Fernando.