Maior bosque sensorial urbano do mundo fica em Maringá e reúne mais de 100 espécies frutíferas
Considerado o maior bosque sensorial aberto urbano do planeta, o Bosque Sensorial Ana Domingues, localizado dentro do Bosque das Grevíleas, na Zona 5 de Maringá, ocupa uma área de mais de 44 mil m² e vem se transformando em um verdadeiro pomar a céu aberto. Há centenas de árvores frutíferas espalhadas pelo espaço, que permanece aberto ao público durante todo o dia.
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O local, que surgiu em 2009 por meio de um projeto desenvolvido pela FUNVERDE, conta atualmente com mais de 2 mil árvores plantadas, representando mais de 100 espécies, cerca de 90% delas frutíferas. O objetivo é estimular os sentidos dos visitantes por meio de experiências como degustar frutas diretamente do pé, observar texturas e aromas das árvores e aproveitar o ambiente de forma espontânea.

A proposta sensorial também inclui o estímulo à convivência social, ao lazer, às aulas de campo e à educação ambiental. O espaço abriga espécies raras, nativas em risco de extinção e frutas pouco conhecidas no dia a dia. Entre as variedades disponíveis, é possível encontrar pitangas de diferentes cores, calabura, cabeludinha, vários tipos de ananássia, manga e abacate — espécies que frutificam ao longo do ano.
Trabalho voluntário e manutenção constante
Em entrevista ao GMC Online, o presidente da FUNVERDE, Cláudio Jorge, destacou que todo o trabalho de plantio e manutenção é realizado por voluntários. Aos sábados, das 15h às 17h, a equipe se reúne para cuidar do espaço, realizar podas, plantar novas árvores e preparar o terreno durante períodos de seca.

A criação do bosque só foi possível graças à parceria entre poder público, iniciativa privada e sociedade civil. A prefeitura cedeu o terreno e realiza as roçadas; a VIAPAR doou mudas de 2009 a 2021; e voluntários mantêm o espaço preservado. Conforme Cláudio explica, novas árvores são plantadas apenas quando as grevíleas originais morrem ou caem, garantindo que o bosque esteja sempre em evolução.
Variedade de espécies e experiências sensoriais
Segundo Cláudio, o diferencial do bosque é oferecer contato direto com a natureza e diversidade de frutas difícil de encontrar até mesmo em mercados. “No centro da cidade, temos mais de 120 tipos diferentes de frutas que dão o ano inteiro”, afirma.
Ele reforça que o projeto busca incentivar crianças e famílias a vivenciarem experiências que fogem da rotina urbana. “Quanto mais crianças subirem nos pés e criarem memórias colhendo frutas, melhor. Hoje muita gente vive em apartamento e não tem esse tipo de contato”, disse.
A história da FUNVERDE
A FUNVERDE foi criada em 1999 por Ana Domingues, que buscava maneiras de atuar efetivamente em ações ambientais. Ao longo das últimas décadas, a organização liderou projetos de recuperação de fundos de vale, combate ao uso de sacolas plásticas convencionais e iniciativas de educação ambiental.
Em 2016, a instituição tornou-se Instituto FUNVERDE, ampliando sua atuação e consolidando o Bosque Sensorial como um dos maiores legados ambientais da cidade.
















