O número de multas aplicadas por maus-tratos aos animais cresceu 65% em comparação com 2022, quando foram 58 multas aplicadas e quase R$ 300 mil foram arrecadados. Até então, o valor das multas era fixado em R$ 2 mil por crimes de maus-tratos que envolviam, por exemplo, manter os animais o tempo todo acorrentados. Caso a situação acarretasse na morte do animal, a multa poderia chegar a R$ 10 mil. Essa lei sofreu uma revisão no ano passado, passando a ter valor mínimo de R$ 4 mil, podendo chegar a R$ 20 mil.
Com o aumento do valor e do número de situações constatadas, o total arrecadado em multas por maus tratos de animais em Maringá chegou a mais de 500 mil em 2023, com 96 multas, quatro delas no valor mais alto previsto, depois que os animais morreram por conta dos maus tratos.
A secretária de Bem Estar Animal, Ariane Louise, diz que o maior desafio é encontrar lares temporários para os animais que precisam ser retirados dos tutores após sofrerem maus tratos ou para aqueles que estão em situação de abandono.
Além das ações de fiscalização, a secretaria desenvolveu, ao longo de 2023, ações de incentivo à adoção responsável e a contratação de novos serviços para garantir um atendimento clínico ou cirúrgico mais rápido para os pets. No ano passado, o município implantou o ′Vet na Rua′, com oferta de atendimento veterinário gratuito para animais de pessoas em situação de rua, e o ′Táxi Dog′, para agilizar o transporte de animais e garantir o rápido atendimento clínico ou cirúrgico.
Mais de 200 pets foram adotados por meio das feirinhas presenciais organizadas pelo município ou de forma online pelo aplicativo Petis. A secretária explica que, para evitar novas ações de abandono ou maus tratos, antes da adoção acontecer, há todo um processo.
Para 2024, entre as ações projetadas, está a fabricação própria de ração, em parceria com a Universidade Estadual de Maringá e a cooperativa Cocamar, e um Censo Animal.
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