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04 de julho de 2024

‘Máquina de Mistério’ do Scooby Doo ganha as ruas de Maringá


Por Brenda Caramaschi Publicado 02/07/2024 às 08h44
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Maringaense recria "Máquina do Mistério"
Apelidada de Skomby Doo, Kombi customizada roda o Paraná em encontros de carros antigos | Foto: Paula Mello

Os fãs de Scooby Doo conhecem bem a van azul turquesa florida que aparece em mais de 500 episódios do desenho animado criado em 1969 que fez sucesso por décadas entre diferentes gerações. É a bordo do veículo intitulado Máquina de Mistério que Fred, Velma, Daphne e Salsicha viajam junto de Scooby – um dog alemão falante – para investigar casos misteriosos. 

Mas a van que rodou por tantas estradas que levavam a casas mal-assombradas e pântanos sombrios, enquanto a turma desmascarava monstros e fantasmas,  agora pode ser vista rodando pelas ruas e avenidas arborizadas e ensolaradas de Maringá. Ao volante não estão integrantes da Mistérios S.A, mas a cake designer Paula Mello e o marido, amantes de carros antigos, que já têm na garagem a Penélope – um Fusca cor de rosa cintilante com cílios enormes – e um Fusca vermelho inspirado no personagem Relâmpago McQueen, dos filmes Carros. Eles fazem parte de um clube de carros antigos de Maringá, o “Amigos do Fusca”. 

A Kombi que foi transformada em “SkombyDoo”, inspirada na Máquina de Mistério, foi comprada no dia primeiro de maio, já com a intenção de deixar o veículo com a cara daquele do desenho clássico. Foi preciso reformar a lataria e fazer reparos mecânicos antes da adesivagem do veículo. Mas a decoração inclui a parte interna. “Um amigo nosso foi para um dos maiores eventos de carros antigos, que acontece em Águas de Lindóia (SP), e trouxe alguns personagens de um mercado de pulgas, de coisas antigas, que coloquei em uma mesinha”, conta Paula. 

Os itens ficam expostos em feiras e eventos pelo Paraná, junto com almofadas que remetem à animação e replicas de pelúcia do cachorro covarde que, mesmo com medo, ajudava a desvendar a identidade de assombrações. No último fim de semana o casal esteve em Umuarama e no próximo o destino é Cidade Gaúcha. “Faz 15 dias que coloquei o carro para rodar e, desde então, estou recebendo muitos convites para festas, aniversários, tudo o que você imaginar. Onde ela pára é a sensação, porque não é só para as crianças. Nós vivemos a época do Scooby Doo, assistíamos todos os dias, então é um carro que atrai os adultos também”, diz a dona da Kombi. 

Penélope e McQueen

A história de Paula com carros antigos começou antes mesmo de a paixão se tornar hobby. Era a bordo de um fusquinha que ela entregava os bolos que fazia, mais de uma década atrás. “Era o que a gente podia ter na época. Mas a confeitaria foi crescendo e foi ficando mais difícil fazer as entregas de bolo porque o fusca pulava muito e a gente teve que vender. Só no ano passado, com os filhos criados e as coisas mais estabelecidas, adquirimos os fuscas novamente”, revela. 

Penélope, o fusquinha cor de rosa, foi encontrado por Paula pelos classificados na cidade mineira de Uberaba. “Comprei no escuro. O antigo dono fez um vídeo para mim e ela veio no guincho já prontinha, com teto solar, por dentro é toda de couro branco”. Já o fusca do marido foi comprado em Cianorte e foi customizado aos poucos pelo casal. No instagram, eles mantêm uma página com milhares de seguidores e já criaram outra para a SkombyDoo. Na lista das próximas aquisições está um veículo inspirado na saga Harry Potter.

Custo alto

A participação em eventos ajuda a bancar o custo do hobby, que não é nada barato. “O Fusca do meu marido tem uns R$ 15 mil em som. E ainda tem os custos com manutenção. Voltando com a Kombi de Umuarama, a quarta marcha quebrou em Cianorte e eu vim de lá até Maringá em terceira. Ela vai para o mecânico e aí é mil, dois mil… Não é uma coisa barata”, revela Paula. A venda de chaveiros nos encontros de carros antigos também é uma fonte de renda para arcar com os gastos. “Eu deixo na porta dos carros e vendo por cinco reais. A pessoa pega e já faz o pix ali, mesmo sem ninguém ficar lá cuidando”.

Os carros criativos sempre chamam a atenção nos eventos e atraem propostas. “Já ofereceram 80 mil nos fuscas e no primeiro evento que fomos com a Kombi um cara ofereceu R$ 60 mil”. Mas a intenção, pelo menos por enquanto, não é vender. O sucesso que os carros fazem ajudam a atrair gente para encontros com proposta solidária. “Na semana passada recebemos mais de 700 carros antigos na entrada do antigo aeroporto e a entrada era apenas dois quilos de alimento. Arrecadamos mais de uma tonelada de alimentos e doamos para o Provopar. Nós arrecadamos duas carretas de água para o Rio Grande do Sul. E dia 13 de julho vamos fazer uma carreata até o asilo São Vicente de Paula onde os velhinhos vão passear nos nossos carros antigos. É algo muito gratificante”, relata Paula. 

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