12 de junho de 2025

Maringá: conheça a história do Frigorífico Central


Por Luiz Santos, com projeto Maringá Histórica Publicado 14/02/2020 às 13h04 Atualizado 24/02/2023 às 01h38
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O Frigorífico Central é um marco na história maringaense e um dos elementos importantes para o desenvolvimento da Zona 2. Em seu auge, segundo o Maringá Histórica, a empresa chegou a ter 2.200 funcionários em seu quadro.

Mas engana-se quem pensa que o local já foi fundado com uma escala industrial. Os primeiros passos da empresa foram dados com a criação, pelos portugueses Joaquim Duarte Moleirinho e Joaquim Gomes Caetano, do Açougue Central.

O açougue dos dois foi fundado em 1955 e ficava na esquina das avenidas Brasil e General Câmara (atual Basílio Sautchuk). Naquele local, antes funcionava a Casa de Ferragens Irmãos Imai.

Os dois portugueses vieram para Maringá, em 1954, para trabalhar como mestres de obras na construção do Grande Hotel Maringá. No ano seguinte, eles buscaram novos rumos e encontraram o ramo de carnes como uma oportunidade.

No início do funcionamento do Açougue Central, os bois eram mortos no Abatedouro Municipal e encaminhados de lá para a boutique de carnes. Com o crescimento das atividades, os portugueses deciciram comprar um espaço no sul da Vila Cleópatra.

No local, em 1958, os portugueses fundaram o Frigorífico Luso-Brasileiro Central. Como na época ainda não havia energia elétrica naquela área, um cabo teve que ser estendido da então avenida General Câmara até o lado direito da avenida Itotoró.

Algum tempo depois, na década de 70, o nome da empresa mudou para Frigorífico Central e sua categoria jurídica foi alterada de limitada para socidedade anônima. Na época, o Central era considerado o mais moderno frigorífico do Paraná e havia começado a se expandir para o mercado externo.

A era de ouro do empreendimento, durante as décadas de 70 e 80, foi marcada pelo abatimento de 1.500 cabeças de gado por dia. A frota de caminhões da empresa contabilizava 200 veículos e eram estimados 2.200 empregados.

A área total ocupada pela empresa media 22 alqueires. Na região, haviam colônias de trabalhadores, com um total de 64 casas.

Havia um campo de futebol dentro do espaço ocupado pelo empreendimento e uma cooperativa próxima. Além disso, uma festa junina era realizada todos os anos para comemorar o aniversário do empreendimento.

Os produtos comercializados pelo Frigorífico Central eram carnes frescas, óleos, conservas, frios e a tão conhecida mortadela.

Em 1995, as instalações foram arrendadas para a Palmali e, desde então, não há mais abates no local.

Assista ao vídeo do Maringá Histórica sobre o local:

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