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26 de abril de 2024

Maringá: diferentes faces da prostituição na cidade


Por Redação GMC Online Publicado 02/06/2020 às 12h26 Atualizado 22/02/2023 às 21h47
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Nesta terça-feira, 2, é celebrado o Dia Internacional da Prostituta. A profissão, que é considerada uma das mais antigas da existência humana, guarda segredos e peculiaridades.

A data que celebra a profissão foi escolhida depois que 100 prostitutas ocuparam a igreja Saint-Nizier, em Lyon, na França, em 2 de junho de 1975. As profissionais, sempre marginalizadas, decidiram se reunir e protestar contra a discriminação, a violência e a situação precária em que viviam e trabalhavam.

Hoje, 45 anos depois, garotas de programa ainda enfrentam discriminações da sociedade. 

Em quatro reportagens produzidas pelo GMC Online, você pode conhecer a realidade das garotas de programa que atuam em Maringá, qual a história da profissão na cidade e até os efeitos da pandemia do novo coronavírus nas profissionais da área. Confira: 

História: As primeiras zonas de prostituição de Maringá

A prostituição é conhecida como a profissão mais antiga do mundo. Em Maringá, a primeira zona de meretrício, ou como é popularmente chamada, zona de prostituição, surgiu na década de 1960 e funcionava na Rua Quintino Bocaiúva, entre a Avenida Guaíra e Rua Benjamin Constant, nos fundos da antiga delegacia municipal.

As “pessoas de bem” desviavam de lá. Era lugar de má fama. Um conglomerado de casinhas e bares que reunia as “mulheres da vida”.

Conforme lembra o projeto Maringá Histórica, nessa época as prostitutas não podiam andar pelas ruas da cidade. Assim, quando elas precisavam ir para o centro resolver algum problema, usavam as charretes táxi. Por isso, esse meio de transporte acabou ficando conhecido como “balaio de puta”, já que transportava frequentemente as “mulheres da vida”.

A vida das garotas de programa de luxo em Maringá; e outras histórias

Há anos que as garotas de programa são encontradas não mais apenas nas ruas, mas também na internet. São centenas de acompanhantes de luxo, que marcam programas online e movimentam cifras expressivas, inclusive em Maringá. Há pelo menos 15 sites do gênero encontrados na internet com garotas da cidade.

Somente o site Gata Urbana tem quase 800 mulheres cadastradas que oferecem esse serviço em Maringá. Presente em quatro estados e nove cidades, a responsável pelo site, Aline Torquato, diz que o diferencial é que os perfis são conferidos para garantir que as informações publicadas sejam verdadeiras.

Quem está há pouco tempo oferecendo o serviço pelo site é Mayumii Mestiça (nome fictício), de 22 anos, que trabalha há dois anos no ramo. Ela atende das 10h às 20h, de segunda a sábado, cobrando R$ 200 por uma hora. Ela conta que atende cerca de 50 clientes por mês em espaço próprio. “Tinha amiga que fazia programa e optei por fazer também”, revela.

Contra prostituição, moradores da Zona 2 expõem clientes no WhatsApp

Seja durante o dia ou à noite, as profissionais do sexo são vistas ocupando esquinas da Zona 2, em Maringá. No cruzamento das ruas Vaz Caminha e Padre Germano Mayer, nos fundos de uma escola estadual, é comum vê-las.

O fato incomoda bastante os moradores do bairro que há anos cobram atitudes por parte do poder público.

“Os moradores estão cansados dessa situação. Elas mexem com os moradores, assediam os alunos, nós sentimos que somos monitorados por elas. E as travestis são agressivas. A gente quer uma legislação que limite a atuação delas, para que não fiquem perto das escolas”, afirmou uma mulher que mora há 53 anos no bairro e preferiu não se identificar.

Coronavírus abala mercado de prostituição de luxo em Maringá

Profissionais do sexo de Maringá estão vendo seus faturamentos ruírem com a chegada do novo coronavírus. O medo do contato físico por conta da transmissão do vírus fez os clientes se afastarem das acompanhantes de luxo da cidade.

Outro problema relatado pelas meninas é o fechamento dos hotéis e motéis, locais muito usados para os encontros. Uma das meninas ouvidas pelo GMC Online, que não quis se identificar, diz que assim como os clientes, elas também têm medo de serem infectadas.

“Nós temos medo também de pegar, né?!. E nós estamos com hotéis fechados também. O fluxo de cliente reduziu muito. Tem o risco de nós e tem o risco deles também contraírem a doença. E nós não temos renda nenhuma. Somos autônomas igual”, disse a garota de programa. 

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