Em dez anos, Maringá ‘ganhou’ 73 mil habitantes. No censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade tinha 357 mil pessoas. Na estimativa divulgada nesta quinta-feira, 27, são 430 mil moradores – aumento de sete mil pessoas entre o ano passado e este ano.
Em 2018, a Prefeitura criou o Instituto de Pesquisa e Planejamento de Maringá (Ipplam), que tem trabalhado com a questão do desenvolvimento da cidade. Um levantamento apontou que há sete mil famílias de baixa renda no município. Com um crescimento rápido em pouco tempo, como lidar com os problemas sociais e as necessidades de todos?
O diretor-presidente do Ipplam, Edson Cardoso, diz que deve haver parceria entre o setor público e a iniciativa privada para gerar renda e emprego. Ao poder público, mudanças na mobilidade e criação de espaço de conveniência são essenciais, segundo ele.
“A revisão do Plano Diretor iniciou em 2019 e estamos considerando exatamente esses dados. Estamos trabalhando com o dado de crescer 70, 80 mil habitantes pelos próximos dez anos, e é o que vem acontecendo com Maringá. No último ano sete mil e nos próximos dez anos 70 mil. Nós acreditamos até que vai até passar disso. Os cuidados são muitos, desde as novas moradias que teremos que produzir, espaços para que elas possam ser construídas, e também todos os equipamentos comunitários que fazem parte do atendimento e do uso dessa população nova que vai se instalar em Maringá. Um novo sistema viário também está sob a nossa preocupação. Temos um desafio grande na revisão do Plano Diretor, que é esse crescimento populacional”, explica.
“Eu acho que Maringá é uma das melhores cidades do Brasil para viver, e tal como qualquer cidade no mundo, existem pontos que precisam de um maior cuidado do gestor público, e é isso que temos feito por Maringá. Acreditamos que causando esse desenvolvimento, nós propiciamos novos pontos de trabalho no mercado, e assim conseguimos gerar trabalho e renda para a população que precisamos ter mais cuidado”, acrescenta.