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24 de abril de 2024

Maringá vê queda em indicadores de saúde e educação, aponta projeto


Por Redação GMC Online Publicado 08/11/2019 às 21h02 Atualizado 24/02/2023 às 23h23
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Maringá teve queda em alguns indicadores de saúde e educação, segundo projeto realizado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem). 

Além de saúde e educação, o projeto do Codem monitora indicadores de segurança, meio ambiente e gestão pública. O objetivo é alcançar as aspirações da sociedade e engajar gestores públicos e cidadãos no cumprimento das metas definidas nos documentos de Maringá 2020 e 2030.

De acordo com o resultado, na educação, Maringá se afastou da meta em relação ao IDEB do 5° ano (Ensino fundamental I), saindo de uma nota 7,1 em 2015 para 7,0 em 2018.

“Este indicador mede a qualidade do ensino na rede municipal, a qual é muito superior a estadual, que é medida pelo IDEB 9° ano ( Ensino fundamental II), que apesar de o indicador ter evoluído de um nota 4,4 em 2015 para 4,6 em 2018, esta ainda bem abaixo da meta 6 definida no projeto. A população com nível superior no mercado de trabalho, passou de 18% em 2015 para 21% em 2018, ultrapassando a meta de 18% estimulada. Evidenciando uma melhora na qualificação da mão-de-obra que esta no mercado de trabalho”, analisou a a diretora executiva do Codem, Juliana Franco Afonso.

O projeto também compara os indicadores da educação de Maringá com as maiores cidade do paraná para o ano de 2018.

Verifica-se que com relação do IDEB 5° ano, Maringá apresenta o melhor indicador, no entanto com relação o IDEB 9° ano a primeira colocação fica com Cascavel e Londrina. Curitiba e Londrina apresentam maior percentual de população com nível superior no mercado de trabalho, em torno de 35% e 26%.

O estudo também compara os indicadores de educação de Maringá com as cidades que apresentaram o melhor indicador, segundo o estudo da Macroplan, que avaliou as 100 maiores cidades do Brasil.

Comparando o IDEB 5° ano ( Ensino fundamental I) e IDEB 9° ano (Ensino fundamental II) de Maringá com as cidades que apresentam o melhor indicador, segundo o estudo da Macroplan, Maringá fica atrás de Franca e Joinville, cujo a nota do IDEB 5° é de 7,2 e 7,1, respectivamente, sendo apenas um pouco inferior as cidades grandes de referência.

Já com relação ao IDEB 9° ano, a discrepância é bem mais significativa, ficando Maringá 1,2 pontos abaixo do melhor indicador que é o de Joinville.

“Cabe aqui uma maior atenção do governo do estado do Paraná com relação a educação dos alunos no Ensino Fundamental II, visto que o município entrega um aluno com média 7,0 e o estado entrega para a sociedade um aluno com média 4,6”, aponta Juliana. 

Eixo Saúde

Com relação à saúde, Maringá teve piora na taxa de mortalidade infantil, que aumentou de 2015 para 2018, de 9,63 mortes para cada 1000 nascidos vivos para 11,84 mortes para cada 1000 nascidos vivos.

Outro índice que teve aumento significativo foi o de infestação de dengue, passando de uma taxa de 1,65 para 2,15, se afastando da meta definida pelo projeto, que é o de se manter abaixo de 1.

Porém, em relação o número de óbitos abaixo de 70 anos, Maringá reduziu de 44,1% em 2015 para 41,5% em 2018, se aproximando da meta para 2020 de 40,6%.

Os indicadores taxa de mortalidade materna e taxa de internamentos por condições sensíveis a atenção básica, segundo últimos dados disponíveis (2017) Maringá bateu a meta para 2020.

O projeto também comparou indicadores de Saúde de Maringá com os maiores municípios do Paraná e constatou que a cidade tem o menor índice de óbitos abaixo de 70 anos, mas uma das maiores taxas de mortalidade infantil, no qual Cascavel possui o menor indicadores (6,47) entre as maiores cidades do Paraná.

Além disso, o estudo compara o indicador da Saúde  taxa de mortalidade infantil) de Maringá com a cidade que apresentou o melhor resultado deste indicador, segundo o estudo da Macroplan.

“Verifica-se que Joinville é a cidade que apresentou a menor taxa de mortalidade infantil por mil nascidos vivos entre os 100 maiores municípios do Brasil, apresentando uma taxa de 8,78 mortes para cada mil nascimentos, sendo 13% menor que o índice de Maringá”, analisa Juliana.

Eixo Segurança

Com relação a segurança verifica-se que Maringá alcançou as metas definidas no projeto em quase todos os indicadores, com exceção dos óbitos por acidente de trânsito, sendo destes a maioria com motociclistas.

“No entanto, de 2015 a 2018 o número de mortes por acidentes de trânsito vem sendo reduzido, por isto dizemos que é um indicador que esta caminhando em direção as metas definida que é de 15 óbitos por 100mil habitantes”, destaca Juliana. 

Ao comparar estes indicadores entre as 5 maiores cidades do Paraná, percebe-se que Maringá tinha, em 2018, o menor indicador em relação ao número total de óbitos por agressões/100 mil habitantes, mas o pior indicador em relação a furtos/100 mil habitantes e óbitos por acidente de trânsito/100 mil habitantes, sendo Londrina e Curitiba as cidades com valores menores destes indicadores, respectivamente.

Também foi comparado os indicadores de segurança de Maringá com as cidades que apresentaram o melhor indicador, segundo o estudo da Macroplan.

“Verifica-se que São Bernardo do Campo é a cidade com melhor resultado do indicador Óbitos por agressões/100 mil habitantes , entre as 100 maiores cidades do Brasil, apresentando praticamente a metade do valor apresentado por Maringá. A cidade de Duque de Caxias (RJ) é a cidade que apresenta o menor índice de número de mortes por acidente de trânsito/100 mil habitantes, sendo 3,4 vezes menor que Maringá”, explica Juliana,  diretora executiva do Codem.

Eixo Meio Ambiente

Em relação ao meio ambiente, foi notado que o lixo reciclado em Maringá em relação ao total de lixo recolhido pela prefeitura vem aumentando ao longo dos anos, passando de 2,3% em 2015 para 5,3% em 2018, mas ainda esta distante da meta de 10% definida no projeto.

“O último dado disponível de perda de água é de 2017 e alcançou a meta de 25%. Já o número de hortas comunitária apesar de ter aumentado de 2015 a 2018, sofreu redução em relação a 2017, terminando 2018 com 36 hortas ativas”, detalha Juliana. 

Eixo Equilíbrio Fiscal

Com relação ao equilíbrio Fiscal, o projeto do Codem verificou que os indicadores gasto com pessoal/receita total, gasto com previdência/receita total e arrecadação ISSQN/Habitante, alcançaram as metas definidas no projeto.

No entanto, os indicadores de Taxa de investimento/receita total e Índice Firjan, ainda estão abaixo da meta. O índice Firjan de Gestão Fiscal avalia a eficiência da gestão pública.

Assim como os demais indicaros, o projeto do Codem também compara a posição do Índice Firjan de Gestão Fiscal de Maringá em relação a Curitiba, Londrina , Cascavel e Ponta Grossa e São Jorge do Ivaí.

“Verifica-se que a cidade do Paraná que apresentou o melhor resultado foi São Jorge do Ivaí, sendo a 1° do Paraná e a 7° do Brasil. No entanto, Maringá apesar de estar na colocação 59° no ranking do Paraná e 298° no Brasil, apresenta melhor colocação entre as 5 maiores cidades do Paraná”, analisa Juliana.

Por fim, o projeto avalia que o que fez com que Maringá tivesse uma queda no valor do Índice Firjan em relação a períodos anteriores foi o gasto com pessoal/receita corrente líquida, estando este eixo na zona de dificuldade.

“Verifica-se que esta ocorrendo um aumento dos gastos com pessoal sobre a receita corrente líquida do município, passando de 48,41% em 2015 para 51,01% em 2018. Este índice deve ser fonte de atenção do gestor público decorrente do limite de gasto estipulado pela lei de responsabilidade fiscal, cujo limite de alerta é de 60%”, finaliza Juliana.

Outro lado

A reportagem do GMC Online contatou a assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá para comentar o projeto e a piora em alguns índices, no entanto, o órgão informou que não iria se manifestar porque a meta é para 2020, então será preciso chegar nesta data para que haja um posicionamento.

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