A planta que nasceu em um quintal de Maringá a partir de sementes da China foi identificada pelo laboratório da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). A informação foi confirmada pela gerência do orgão em Curitiba na tarde desta quinta-feira, 15. A planta foi recolhida no quintal de Maringá por técnicos da Adapar no dia 29 de setembro deste ano.
Segundo o gerente de sanidade vegetal da agência, Renato Rezende Young Blood, a planta não está catalogada como uma espécie brasileira, mas aparentemente não oferece riscos à agricultura. O resultado dos laudos saiu esta semana.
“A princípio não é uma planta quarentenária. É parente daquela planta onze horas, uma planta que já existe no Brasil. É uma subespécie. Aparentemente não é uma praga. Para divulgar oficialmente o nome da planta vamos precisar de um laudo que deve sair em breve. O que nos deixou mais tranquilos é que ela não está na lista de plantas quarentenárias ou que oferecem riscos pra gente”, disse Renato Rezende Young Blood.
Equipes do laboratório da Adapar recolheram sementes da planta misteriosa e enviaram para análise no laboratório do Ministério da Agricultura, em Goiás. A ideia é confirmar o nome exato da planta.
Após as análises, a planta que nasceu de sementes da China e foi coletada em Maringá foi destruída no laboratório em uma espécie de panela de pressão a 150 graus de temperatura. Segundo Renato, somente uma amostra foi guardada.
“A planta já foi destruída. Foi guardado apenas um raminho seco para uma futura análise, caso seja necessário. Já as sementes foram coletadas e enviadas para o laboratório do ministério da agricultura”, explicou.
Até o momento, a Adapar recebeu 53 pacotes com sementes misteriosas vindas de países asiáticos. Todas as sementes estão em análise. A planta identificada e destruída estava crescendo e se reproduzindo desde o fim do ano passado, quando a dona de casa Silvia Rufino, de 45 anos, recebeu as sementes pelos Correios e plantou em um balde.
Algumas sementes da China têm fungos, bactérias e ácaros, diz Ministério da Agricultura
As sementes enviadas por países asiáticos pelos Correios em endereços no Brasil contém fungos, bactéricas e ácaros, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Além disso, as autoridades sanitárias divulgaram que os pacotes podem conter pragas quarentenárias (que não existem no Brasil). A conclusão veio após análises em pacotes que foram enviados ao Ministério da Agricultura por vários estados.
Após análises laboratoriais foi identificada a presença de ácaro vivo em uma amostra; de três fungos diferentes em 25 amostras; de bactéria em duas amostras; e possibilidade de pragas quarentenárias em quatro amostras (como plantas daninhas). Clique aqui e leia a reportagem completa sobre as análises.