Maringá realiza ‘Caminhada do Meio-Dia de Combate ao Feminicídio’ nesta terça-feira, 22
Maringá participa, nesta terça-feira, 22, da mobilização estadual “Caminhada do Meio-Dia de Combate ao Feminicídio”. A ação integra o movimento promovido pelo Governo do Paraná para marcar a data da morte da advogada Tatiane Spitzner, assassinada pelo marido em 2018. A mobilização é organizada localmente pela Secretaria de Políticas Públicas para Mulheres (Semulher) e contará com representantes de diversos setores da sociedade civil, do poder público e de entidades religiosas.
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A concentração está marcada para as 11h30, em frente à Catedral de Maringá. Conforme explica a secretária Olga Agulhon, haverá um breve ato ecumênico com falas da vice-prefeita, representantes da Cúria Diocesana, das religiões de matriz africana e da OPEM (Ordem dos Pastores Evangélicos de Maringá). Ao meio-dia, com o toque dos sinos da catedral, terá início a caminhada simbólica.

O trajeto será curto, mas carregado de significado. Os participantes passarão em frente ao Fórum, à Câmara Municipal e à sede da Semulher, encerrando o percurso diante do Paço Municipal. A orientação é para que todos vistam branco, em sinal de paz e união contra a violência.
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“É um ato singelo, mas de grande importância. Estamos indo às ruas por justiça, por paz e pelo fim do feminicídio. Que toda a sociedade se una nessa luta”, destacou Olga Agulhon.
A secretária também apresentou dados sobre os atendimentos realizados em Maringá em 2025. De janeiro até agora, foram registradas quatro tentativas de feminicídio. “Graças a Deus, seguimos com zero feminicídio neste ano. E esse é o único número aceitável”, enfatizou Olga.
No entanto, os casos de violência contra a mulher seguem em níveis preocupantes. Os tipos mais comuns são violência física, psicológica, patrimonial e sexual. Segundo a secretária, o Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) realiza entre 150 e 160 atendimentos mensais.
A rede de enfrentamento também inclui a Guarda Civil Municipal, com a Patrulha Maria da Penha e o atendimento via Botão do Pânico, além de órgãos como a Delegacia da Mulher, NUMAP e SEVIG. A Semulher está em processo de consolidação de dados junto ao Implante para cruzamento de informações e mapeamento mais preciso da realidade enfrentada pelas mulheres maringaenses.
“A mesma mulher pode passar por diversos serviços da rede, o que dificulta um levantamento único. Estamos trabalhando para integrar essas informações e, assim, desenvolver políticas públicas mais eficazes e alinhadas com a realidade”, concluiu Olga.
