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18 de dezembro de 2025

Maringá tem 16 crianças e adolescentes aguardando para serem adotados


Por Luciana Peña/CBN Maringá Publicado 29/05/2022 às 10h52 Atualizado 20/10/2022 às 23h19
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Maringá tem 16 crianças e adolescentes aguardando para serem adotados
Foto: Ilustrativa/Pixabay

Atualmente existem 8 crianças e 8 adolescentes aguardando para serem adotados em Maringá, segundo dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA). Entre eles estão duas crianças de até oito anos, uma criança com mais de oito anos e quatro adolescentes com mais de 12 anos. Também estão na lista três grupos de irmãos: um grupo de duas irmãs adolescentes, um grupo de cinco irmãos entre três e 10 anos de idade e dois irmãos de 16 e 17 anos.

De 2021 até agora, 18 crianças e adolescentes foram adotados em Maringá. O mais raro é encontrar pais adotivos no Brasil para grupos numerosos de irmãos. O que mais pesa são as dificuldades financeiras. Por isso, tem sido mais comum que irmãos sejam adotados por famílias estrangeiras.

Em 2020, um grupo de quatro irmãos foi adotado em Maringá por uma família dos Estados Unidos. E está em processo a adoção de mais grupo, desta vez de cinco irmãos, também para uma família americana, segundo o promotor de Justiça da Infância e Juventude, Ricardo Malek Fredegoto. 

“Foi identificado que eles aceitam o grupo de irmãos naquela faixa etária e nas condições que eles se apresentam hoje, então está em fase muito inicial. Mas esse de 2020 foi encerrado já, está concretizado. Já vieram relatórios lá do exterior trazendo informações a respeito das crianças e o procedimento foi encerrado com pleno sucesso”, conta.

O professor Rodrigo Batista de Oliveira conhece bem o sentimento que envolve a adoção de um filho. Ele e a mulher adotaram uma menina este ano.

“Quando peguei minha filha pela primeira vez no colo, olhei no olhinho dela e foi um encontro de almas. Deus já tinha desenhado pelas formas dele o caminho que a gente ia cruzar”, diz emocionado.

A filha de Rodrigo foi adotada com poucos meses de vida. A adoção de recém-nascidos ou bebês de poucos meses é a mais comum no Brasil porque os pretendentes geralmente querem crianças pequenas. As mais velhas têm mais dificuldades de serem adotadas e muitas passam a infância e adolescência em instituições. 

Hoje existem 128 interessados em adotar uma criança na fila em Maringá. A espera é mais longa quando os candidatos querem recém-nascidos, explica o promotor de Justiça da Infância e Juventude. “O tempo de espera na fila de adoção pode variar muito e depende do perfil da criança que a pessoa procura adotar. Um recém-nascido a pessoa pode demorar mais para ser chamada. Agora, havendo disponibilidade de adotar um grupo irmãos, por exemplo, essa espera é menor”, frisa.

Num processo de adoção o Ministério Público (MP) deixa claro que o foco é encontrar uma família para uma criança. “O que a gente sempre fala quando conversamos com a rede de proteção é que a intenção é conseguir uma família para a criança e não conseguir uma criança para uma família interessada em adoção. Esse é o foco e por isso nós temos insistido em tentar convencer as pessoas interessadas em adoção a ampliar um pouco a faixa etária”, acrescenta o promotor.

Foto: Ilustrativa/Pixabay

Quem pode adotar

Não existe nenhuma restrição ao pretendente à adoção. Pode ser um homem ou uma mulher solteiros ou pode ser um casal homoafetivo, por exemplo. Mas é preciso ter mais de 18 anos, atender os requisitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e concluir um curso. São em média seis meses até a habilitação, segundo o promotor de Justiça da Infância e Juventude, Ricardo Malek Fredegoto.

“Qualquer pessoa maior de 18 anos que apresente os documentos exigidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente para dar início à habilitação para adoção, tem condições e potencial de adotar. A exigência da lei é, além da apresentação dessa documentação mínima, é participar de um curso de capacitação: quatro encontros que são promovidos para Vara da Infância e Juventude. Posteriormente é feita uma entrevista pela equipe psicossocial, por psicólogas e assistentes sociais, e depois o procedimento é encaminhado para o Ministério Público e vai para o juiz deferir a habilitação”, detalha.

Na última quarta-feira, 25, foi celebrado o Dia Nacional da Adoção.

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Ouça a reportagem completa o site da CBN Maringá.

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