Maringá tem janeiro mais mortal desde 2003, aponta Irpen


Por Redação GMC Online
Maringá tem janeiro mais mortal desde 2003, aponta Irpen
Foto: Divulgação

Segundo levantamento do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná (Irpen/PR), que congrega os 519 cartórios de Registro Civil do Estado do Paraná, Maringá teve neste ano o janeiro mais mortal da série histórica, que iniciou em 2003.

O município registrou 282 óbitos em janeiro deste ano, enquanto em 2021 houve 258 mortes no mesmo mês. Houve um aumento de 9,3% no total de falecimentos. Já em comparação com janeiro de 2020 – antes do início da pandemia -, quando Maringá totalizou 208 óbitos, o aumento foi de 24%.

Ainda de acordo com o levantamento do Irpen/PR, houve um aumento no número de mortes por doenças em janeiro deste ano em Maringá em comparação com o mesmo mês do ano passado: Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) (aumento de 100%), Septicemia (100%), Causas Cardiovasculares Inespecíficas (70%) e AVC (60%). Houve também um aumento no número de óbitos por Pneumonia (56%). Já os óbitos por covid-19 tiveram redução de 55% no período.

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil, base de dados administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen/BR), abastecida em tempo real pelos atos de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelos 7.658 cartórios de registro civil do país e cruzados com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que utilizam como base os dados dos próprios cartórios brasileiros.

De acordo com Mateus Afonso Vido da Silva, presidente do Irpen/PR, o aumento de casos de covid-19 causados pela variante ômicron e seus diferentes reflexos no organismo humano pode ser uma das explicações para o aumento nas mortes. “O Portal da Transparência do Registro Civil é um importante aliado para se ter dimensão da pandemia de covid-19 e suas consequências na população. Além de os Cartórios de Registro Civil demonstrarem sua atuação no dia a dia ao prestarem serviços de cidadania, ainda contribuem para que outras medidas sejam tomadas, a fim de colaborar com o bem-estar da população em geral”, destaca.

Apesar de o total de mortes em janeiro deste ano em Maringá ter aumentado 9% em relação ao mesmo mês do ano passado e os óbitos causadas por doenças também aumentarem 10%, as mortes por causas violentas – aquelas em razão de homicídios, acidentes de veículos, suicídio entre outras – diminuíram 50%, de acordo com o levantamento.

Segundo o Irpen/PR, o número de óbitos registrados em 2022 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual e do período, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Além disso, alguns estados brasileiros expandiram o prazo legal para comunicação de registros em razão da situação de emergência causada pela covid-19.

Veja abaixo a série história de óbitos em Maringá:

ANO – ÓBITOS

Com informações da Assessoria de Imprensa do Irpen/PR.

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