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26 de abril de 2024

Menino que perdeu a visão após assalto sonha em ver o rosto dos pais


Por Nailena Faian Publicado 14/09/2018 às 19h03 Atualizado 18/02/2023 às 07h25
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Deitar na cama, fechar os olhos e não sair mais da escuridão. Foi o que aconteceu com o maringaense Matheus Henrique Martins, aos 3 anos. Ele enxergava normalmente, mas, depois de presenciar um assalto violento contra a família, perdeu completamente a visão.

A ação dos bandidos ocorreu em agosto de 2007. O menino estava chegando em casa junto com os pais, momento em que foram surpreendidos por dois homens armados. Eles entraram no imóvel, desferiram coronhadas na cabeça do pai e fugiram levando dinheiro e pertences.

“O Matheus ficou bastante apavorado, chegou a ficar três meses acordando de madrugada”, conta o pai, Adilson Barbosa Martins.

Os ladrões chegaram a ser presos, mas dias depois foram liberados. Quem não se libertou do trauma foi Matheus, que no dia seguinte ao assalto deixou de enxergar. “Os médicos disseram que ele iria desenvolver o problema na visão, mas que o trauma acelerou isso”, diz Adilson.

Matheus tem uma doença rara: síndrome de palidez do nervo óptico. Depois de passar por vários médicos, a família descobriu um tratamento na Tailândia que pode melhorar a visão do menino. Custa R$ 150 mil e, com doações e empréstimo no banco, conseguiram juntar o dinheiro e passaram o mês dezembro do ano passado no país.

O prazo para Matheus apresentar melhoras é de um ano, segundo os médicos informaram para a família. “Até o momento a melhora foi pouca, mas antes ele não via nada, hoje ele enxerga vulto e luzes”, relata o pai.

A expectativa é que a visão dele melhore até dezembro, caso isso não aconteça, o tratamento na Tailândia terá que ser feito novamente. O problema é que a família não tem condições de arcar com mais R$ 150 mil. Adilson é técnico em automação industrial e a esposa, Fabiana Raeski, cuida do menino, hoje com 11 anos.

Na escola, ele está no sexto ano. “Ele é feliz, se adaptou, mas ele fala que o sonho dele é ver o rosto dos pais”, diz Adilson.

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