13 de julho de 2025

Monumento marca passagem do Trópico de Capricórnio por Maringá; entenda relação com o clima da cidade


Por Letícia Tristão/CBN Maringá Publicado 18/07/2023 às 17h46
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Foto: Google Street View

Muito frio. Muito calor. Há quem diga que o clima de Maringá é maluco. Quando está frio, faz frio mesmo; quando está calor, ninguém aguenta. Mas será que existe uma explicação? Talvez. Pode ser que a justificativa esteja ligada a linha do trópico de capricórnio.

Isso porque essa linha imaginária criada pelo homem para marcar as zonas climáticas, que corta a Terra no sentido horizontal, passa exatamente pelo perímetro urbano de Maringá. É o que explica o coordenador da estação climatológica da UEM, Leandro Zandonani.

“O homem traçou essa linha para ajudar na identificação do movimento aparente que o sol faz em nosso planeta, ou seja, é uma linha que indica zonas climáticas do nosso planeta. Então junto com o circulo polares e a linha do equador são linhas imaginárias que foram traçadas para ajudar a definir melhor essas zonas climáticas. Então, isso tem a ver com o movimento aparente, o sol faz com relação a terra então são relações astronômicas, ela gira ao redor do seu próprio eixo, mas ao girar ao redor do seu próprio eixo esse giro não acontece exatamente na vertical, ele acontece levemente inclinado em torno de 23,5ª e isso faz então com que a gente tenha ali ao longo de um ano um movimento ao redor sol e acontece de forma inclinada”, explica.

O termo ‘trópico’ significa volta completa. E o trópico de capricórnio marca o movimento que o sol faz em relação ao planeta, indicando o máximo que o raio solar pode incidir na Terra.

A relação direta do trópico de capricórnio com o clima em Maringá é porque como essa linha passa exatamente sobre Maringá, a cidade “briga” com os dois climas, tropical e subtropical, explica o professor.

“A transição ai entre um clima tropical que é um clima mais quente e por vezes mais úmido também contrastando com o clima, um domínio climático do subtropical mais ao sul, que é um clima que se apresenta muitas vezes principalmente agora no meio do ano mais frio também. Então, Maringá por estar posicionada bem na linha do trópico ela acaba sentindo também as condições climáticas de domínio desses dois grandes grupos climáticos”, afirma.

Apesar da linha ser imaginária, os maringaenses podem visualizar um marco que registra a passagem do trópico por Maringá. Há inclusive um monumento que marca essa passagem. Fica na Avenida Cerro Azul, próximo a Avenida Nildo Ribeiro da Rocha. Por ser um local de movimentação de veículos, o marco pode passar despercebido. Mas o monumento está lá.

“Mais precisamente ela passa na baixada da Avenida Cerro Azul próximo a Avenida Nildo Ribeiro. Existe ali um arco para esse trópico de capricórnio em uma das praças na rodovia saída para Campo Mourão que foi instalado ali justamente para identificar a passagem. A linha também nas imediações do Parque do Japão”, diz.

Outras cidades do Paraná e localidades da América do Sul também são cortadas pelo trópico de capricórnio. Mas na região, em perímetro urbano, não há outra cidade do porte de Maringá com esse marco.

Ouça a reportagem completa na CBN Maringá.

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