Com quase 1.200 peças, morador de Maringá transforma paixão por corujas em coleção única
Vilmar Marciano, senhor de 78 anos, é o tipo de pessoa que transforma um simples gosto em uma verdadeira história de vida. Natural de Uberaba (MG), ele mora em Maringá, no norte do Paraná, e cultiva há décadas uma curiosa e encantadora coleção: são quase 1.200 corujas, em diferentes formas, tamanhos, cores e materiais.
A paixão pelas aves começou cedo, ainda quando era vendedor e viajava pelo Brasil como representante comercial. “Eu sempre gostei de pássaros. A coruja, além de bonita, é símbolo da inteligência e traz sorte. É uma ave muito boa para a natureza, ajuda no controle de roedores”, explica.
Durante as viagens que fez por estados como Goiás, Maranhão, Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, Vilmar aproveitava para adquirir uma nova coruja sempre que encontrava uma peça diferente. “Naquela época era difícil. Hoje tem em todo lugar, mas antes era raro achar”, lembra.
Mesmo após um episódio traumático — quando teve parte da coleção furtada de seu apartamento em Londrina — ele não desistiu. Com apoio da esposa, que é artista plástica e artesã, recomeçou a organização das peças em Maringá. “Ela improvisou um armário, arrumou espaço, e voltamos a montar tudo com carinho.”
A coleção impressiona não apenas pela quantidade, mas também pela variedade. Há corujas de porcelana, palha, resina, acrílico, pedras (muitas adquiridas em Cristalina, Goiás), e até feitas com sementes de girassol e alpiste. Vilmar garante: praticamente todas são diferentes. “Se você me mostrar uma coruja, eu sei se já tenho ou não. Pode ter uma ou outra repetida, porque foi presente de amigos, mas são bem poucas.”
Apesar do orgulho pela coleção, ele conta que parou de comprar novas peças há cerca de 15 anos. “Hoje em dia está caro. E, com a quantidade que tenho, não vai mudar muito se eu tiver mais algumas.”