Moradora aciona a Ouvidoria de Maringá para reclamar de fantasmas em casa


Por Monique Manganaro
Foto: Ilustrativa/Aldemir de Moraes/Arquivo/Prefeitura de Maringá

A Ouvidoria Municipal é o principal elo entre a população e a administração pública. Todos os dias, o órgão acolhe pedidos, sugestões e reclamações de moradores e leva aos departamentos competentes para garantir a execução dos serviços públicos. Em Maringá, diariamente, a Ouvidoria Municipal registra milhares de solicitações, e alguns dos pedidos acabam se destacando por serem, no mínimo, inusitados. 

De acordo com o ouvidor municipal Marcos Boggo, um dos registros mais marcantes foi o de uma moradora que entrou em contato com a ouvidoria para reclamar do marido. Segundo o servidor, a principal preocupação dos atendentes foi descobrir se aquele caso se tratava de uma situação de violência doméstica. A mulher, porém, negou estar sendo vítima de qualquer agressão. 

“Após vários questionamentos para sabermos se ela estava sendo agredida de forma física ou verbal pelo mesmo, ela disse que não. Ao perguntar em que a ouvidoria poderia ajudá-la então, a mesma disse que gostaria que nós fossemos na casa dela e tirassemos o marido de casa, pois quase todos os dias ele chegava embriagado”, relembra Boggo. 

A ouvidoria, apesar da reclamação, não poderia tomar providências quanto ao caso e apenas orientou a moradora. 

Outra situação marcante para o servidor público foi um registrou envolvendo “fantasmas”. De acordo com Boggo, uma mulher esteve pessoalmente na Ouvidoria Municipal de Maringá relatando que via vultos dentro do apartamento onde ela morava. Conforme um relato, além da presença dos espíritos, a moradora já teria encontrado até mesmo um drone dentro do imóvel, filmando a casa dela. 

Mais uma vez, coube aos atendentes orientar a moradora. 

Os casos envolvendo animais são mais comuns. Como relembra Boggo, em uma das solicitações registradas pela ouvidoria, uma contribuinte pediu a ajuda das equipes da ouvidoria para retirar um gambá que estava na cabeceira da cama dela. 

“Ela morava sozinha com a filha e naquele momento não havia ninguém próximo para ajudá-la. Nesse caso, embora fosse competência do IAP, uma equipe do Bem-Estar Animal conseguiu atender, resgatar e devolver o animal numa reserva florestal”, detalha o ouvidor. 

Em outra situação, os atendentes precisaram lidar com um filhote de morcego. “Contribuinte solicitou recolhimento de um filhote de morcego e informou, ao registrar o pedido, que estavam alimentando o animal com leite”, diz Boggo. 

Para este caso, uma equipe do Centro de Controle de Zoonoses de Maringá precisou ser acionada para recolher o animal. 

De acordo com o ouvidor Marcos Boggo, de maneira geral, as solicitações mais comuns registradas pela Ouvidoria Municipal de Maringá são as relacionadas à iluminação pública. Em seguida, aparecem os casos relacionados à arborização, seguidos de pedidos de roçada, limpeza urbana em geral e, por fim, bem-estar animal. 

Em todo o ano passado, o órgão registrou 97.878 pedidos e conseguiu responder a 86.861 casos. A taxa de resolutividade ficou em 88,74% no período. 

Apenas em 2022 já foram registrados mais de 58 mil solicitações, e mais de 45 mil já foram respondidas. 

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