Mulher é assediada enquanto praticava corrida de rua em Maringá; VÍDEO


Por Letícia Tristão/CBN Maringá
Mulher é assediada enquanto praticava corrida de rua em Maringá; VÍDEO
Imagem: Reprodução/Câmera de Segurança

Uma mulher foi assediada enquanto praticava corrida de rua em Maringá – veja vídeo abaixo. O caso aconteceu na semana passada e veio a público esta semana. A vítima praticava corrida de rua no Jardim Alvorada quando um motociclista se aproximou e passou a mão no corpo dela. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do crime de importunação sexual. 

A vítima conversou com a reportagem, mas preferiu não se identificar. O grupo de corrida que ela integra pratica o exercício três vezes por semana na região, no período de início da noite. No momento da importunação sexual, ela estava sozinha. 

Segundo ela, foi um momento de horror e a primeira reação foi gritar. “Costumo fazer treino de corrida de rua com um grupo toda terça e quinta no Jardim Alvorada e nunca tinha ouvido falar de nenhum caso parecido por ali. No momento em que o motoqueiro me atacou eu estava sozinha, porque a gente não corre o tempo inteiro juntos, muitas vezes nos afastamos um pouquinho, mas o grupo está sempre por perto. Eu estava rápido até e como ando muito atenta com os carros, percebi que tinha uma luz se aproximando muito perto, mas foi muito rápido. Percebi a luz e imediatamente já senti a mão do motoqueiro na minha nádega, me apalpando. É tão absurda a situação que o cérebro parece que não pensa em nada e a minha reação foi gritar. Foi um horror muito grande, eu gritei muito, xinguei ele e ele fugiu, foi para outro lado”, detalha.

A mulher registrou um boletim de ocorrência e fez um exame médico, porque também foi atingida pela moto e sofreu uma lesão no braço. “No dia seguinte fui na Delegacia da Mulher, fiz o boletim de ocorrência. Me orientaram a fazer uma consulta médica porque a moto havia batido no meu braço direito. Quando ele se aproximou o guidão bateu. Na hora eu nem percebi, porque foi um horror tão grande que eu só senti que meu braço estava doendo no dia seguinte, estava com hematoma. E antes de ir na delegacia eu voltei ao local do crime, procurei as câmeras de segurança das casas ao redor e por sorte uma das casas tinha uma câmera com boa visualização noturna, porque a iluminação pública também é uma questão, não estava muito iluminado o local”, relata.

Até o momento, o agressor não foi localizado. A esperança é que ele pague criminalmente pelo que cometeu, diz ela. “Infelizmente a gente não consegue ver a placa. Eu tenho certeza que os investigadores da polícia vão conseguir ver outras câmeras de segurança, de outras casas da região, e vão continuar identificar esse agressor e fazer ele pagar pelo que ele fez. Porque isso não é certo, nós mulheres temos o direito de andar na rua, sentindo segurança para fazer isso”, acrescenta.

A importunação sexual é considerada crime desde 2018. A reportagem não conseguiu contato com a Polícia Civil. 

Veja o vídeo:

Ouça a entrevista completa na CBN Maringá.

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