24 de março de 2025

Multas por excesso de velocidade lideram autuações em Maringá; veja os números


Por Thiago Danezi Publicado 22/03/2025 às 08h11
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O número de infrações de trânsito registradas em Maringá nos meses de janeiro e fevereiro de 2025 revela um cenário de aumento nas autuações por excesso de velocidade. De acordo com dados da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), disponíveis no site da prefeitura, foram 53,1 mil multas aplicadas por radares fixos no período, sendo 28,6 mil em janeiro e 25,5 mil em fevereiro. O número é superior ao registrado no mesmo período de 2024, quando foram 52,4 mil infrações dessa natureza (26,5 mil em janeiro e 25,9 mil em fevereiro).

Somente com os números registrados no primeiro bimestre deste ano, o município tem uma média de 885 multas diárias apenas por radar e 205 por infrações de semáforo, totalizando 1.090 autuações por dia.

Já as autuações por avanço de sinal vermelho, parada sobre a faixa de pedestres ou desrespeito à parada obrigatória apresentaram uma diminuição em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 4,8 mil infrações em janeiro e 7,4 mil em fevereiro, totalizando 12,3 mil no primeiro bimestre. Em 2024, os números foram 7,3 mil em janeiro e 6,7 mil em fevereiro, somando 14 mil infrações.

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Foto: Reprodução

Os dados de 2023 foram impactados por um período sem fiscalização eletrônica de velocidade. Em janeiro daquele ano, foram registradas 5,5 mil multas por radar, mas entre fevereiro e maio, o serviço esteve suspenso devido a um processo de licitação e instalação de novos equipamentos. Por outro lado, as autuações por avanço de sinal vermelho e parada sobre a faixa foram 9,2 mil em janeiro e 8,3 mil em fevereiro, totalizando 17,5 mil infrações no primeiro bimestre de 2023, um número superior ao registrado nos anos seguintes.

Outro levantamento da Semob aponta que, em 2025, 72% das autuações foram aplicadas por radares fixos, 16% por fiscalização eletrônica de semáforo, 5% por irregularidades no estacionamento rotativo (estar) e 7% por agentes de trânsito.

Maringá conta com 103 pontos de fiscalização eletrônica por radar; confira a lista completa abaixo.

A equipe de jornalismo do portal GMC Online realizou uma entrevista com o Secretário de Segurança Pública e Mobilidade Urbana de Maringá, Luiz Alves, para tratar dos temas relacionados à segurança na cidade, mobilidade urbana, fiscalização do trânsito e ações para a melhoria da qualidade de vida da população. Confira a entrevista na íntegra abaixo:

“Iniciamos campanhas educativas de forma maciça, realizando diariamente ações de conscientização para pedestres, motoristas, ciclistas e motociclistas. Paralelamente, intensificamos os trabalhos de repressão e autuação, devido ao alto número de infrações, como excesso de velocidade e avanço de semáforo.”

Segundo o secretário, a administração municipal tem adotado um serviço de inteligência para monitorar motoristas reincidentes.

“Estamos em busca daqueles veículos que são campeões de autuações. Motoristas que frequentemente cometem infrações, como excesso de velocidade e avanço de sinal, precisam ser contidos. Temos casos de veículos com milhares de reais em multas, o que demonstra total irresponsabilidade no trânsito.”

O secretário ressaltou que muitos dos veículos com alto índice de infrações são irregulares.

“A grande maioria dos veículos que acumulam infrações está em nome de terceiros ou são conduzidos por motoristas sem habilitação. Isso coloca em risco a segurança de todos.”

Sobre os radares, Luiz Alves explicou a diferença entre os equipamentos instalados na cidade.

“Temos dois tipos de medidores: os controladores de velocidade, que limitam a velocidade da via, e os redutores, que obrigam o motorista a reduzir a velocidade em determinados pontos, como escolas e hospitais.”

Ele afirmou que a prefeitura estuda ajustes na regulamentação dos limites de velocidade.

“Estamos analisando se há necessidade de manutenção do sistema como está ou se haverá remodelação, como a substituição de redutores eletrônicos por faixas elevadas ou outros dispositivos físicos.”

Por fim, ao ser questionado sobre sua permanência na Semob, o secretário explicou que o trânsito deve ser tratado como uma questão de segurança pública.

“A segurança viária está diretamente ligada à segurança pública. Há um entendimento de que essa parte de fiscalização deve ser tratada pela Defesa Social, pois os agentes de trânsito são servidores previstos no Sistema Único de Segurança Pública.”

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