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03 de julho de 2024

Nova onda de calor deve atingir o Brasil nesta semana; veja a previsão para Maringá


Por Redação GMC Online Publicado 11/12/2023 às 12h34
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Foto: Ilustrativa/Freepik.

Uma nova onda de calor está prevista para chegar ao Centro-Sul do Brasil a partir desta quarta-feira, 13. De acordo com a empresa de meteorologia MetSul, uma massa de ar muito quente virá do norte da Argentina e do Paraguai para os Estados do Sul, Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, trazendo temperaturas acima ou “muito acima” dos padrões desta época do ano nessas regiões.

Os termômetros devem disparar e alcançar marcas próximas ou acima dos 40ºC, diz a empresa. “Os maiores desvios da climatologia histórica tendem a se dar no Sul do País, em particular no Rio Grande do Sul”, afirma a MetSul.

“O Rio Grande do Sul teve um episódio de calor muito intenso de um dia apenas no início do mês, mas não foi de grande abrangência. Desta vez, o calor forte a intenso atingirá uma área muito maior no território brasileiro, afetando diversos Estados.”

O Rio Grande do Sul deve sentir o calor intenso a partir da segunda metade desta semana, se instalando de vez na sexta e perdurando até segunda-feira, 18. A temperatura mais quente prevista para esta semana na capital, Porto Alegre, pela Climatempo, é a de domingo, 17: mínima de 24ºC e máxima de 37ºC. As tardes, principalmente, devem ser bastante quentes. Pode haver pancadas de chuva.

Já a MetSul diz que a Grande Porto Alegre e a região dos vales podem “anotar marcas de 37ºC a 39ºC em vários municípios com máximas localmente superiores”.

Conforme Climatempo, o solstício de verão, que é o início do verão no calendário, ocorre no dia 22 de dezembro, às 00h27, pelo horário de Brasília, e a primavera se despede com um período de calor intenso, onde as temperaturas voltam a ficar de 3 a 5°C mais quente que o padrão para a época em boa parte do Brasil.

De acordo com o Climatempo, será um novo período de calor intenso, mas com uma duração menor que as anteriores, dos meses de setembro e novembro. “Porém, ainda sentiremos os efeitos da insolação, a população estará exposta a dias mais longos, e a umidade do ar estará um pouco mais alta, o que trará maior sensação de incômodo durante alguns períodos. Podemos registrar possíveis recordes de calor para um mês de dezembro, nas capitais: São Paulo, Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Goiânia e Brasília”, diz o Climatempo.

Em Maringá, a tendência é de que as temperaturas aumentem gradativamente e cheguem a 35ºC na quinta-feira, 14, de acordo com o Cliamtempo – veja abaixo a previsão para os próximos dias na cidade.

Como se caracteriza uma onda de calor? 

Segundo o Climatempo, a onda de calor é caracterizada por uma sequência de dias ou até semanas, onde as temperaturas em uma região, relativamente ampla, fica muito acima da média que seria normal para uma determinada época – em torno de 5°C ou mais acima da média, em uma área ampla. Ondas de calor são geradas por bloqueios atmosféricos causados por grandes sistemas de alta pressão atmosférica. 
 

Uma alta pressão causa um forte movimento de ar de cima para baixo chamado de subsidência. A subsidência deixa o ar seco e a redução da umidade do ar inibe o crescimento das nuvens e diminui a chance de chover. Além disso, a alta pressão atmosférica naturalmente comprime o ar próximo da superfície, fazendo o ar esquentar mais, diz o Climatempo.

Confira no mapa abaixo o limiar desta nova onda de calor que se estende até o dia 20 de dezembro de 2023. Conforme o Climatempo, nas áreas em laranja teremos temperaturas bem altas, atingindo limiar de onda de calor em alguns dias, mas não será por período tão prolongado quanto nas áreas em vermelho, que tendem a ter mais dias consecutivos com temperaturas acima do normal.

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Confira a previsão do Climatempo para os próximos dias em Maringá

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Mudanças nos padrões climáticos

No Centro-Oeste, onde o verão costuma ser chuvoso e os dias mais quentes do ano ocorrem no fim do inverno e durante a primavera, no final da temporada seca, as temperaturas deste meio de dezembro também devem surpreender, conforme a MetSul. Mas isso não quer dizer que não vá ter chuva: a Climatempo prevê precipitações na região esta semana.

A MetSul diz que principalmente no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, o clima deve ficar tão quente quanto no período de primavera, quando termômetros próximos aos 40ºC são normais. A mínima e máxima previstas pelo Climatempo para Cuiabá (MS) na sexta-feira são 24ºC e 38ºC.

O interior do Estado de São Paulo também sofrerá a mesma alteração no padrão meteorológico, segundo o MetSul. Geralmente, a região tem bastante chuva nesta época do ano, o que impede a temperatura de chegar a patamares muito altos,mas isso não deve acontecer este ano.

Na sexta-feira, a previsão da Climatempo é de mínima de 23ºC e máxima de 36ºC em São José do Rio Preto, 23ºC e 35ºC em Bauru e 21ºC e 35ºC em Araraquara. Deve haver pancadas de chuva em todas essas cidades.

Na capital paulista, a temperatura será quente, mas mais baixa que nos outros locais. A chuva também deve marcar presença.

No Rio, a temperatura mais quente também está prevista pela Climatempo para sexta, com mínima de 23ºC e máxima de 37ºC, sem chuva para amenizar o calorão Em Belo Horizonte, no mesmo dia, faz entre 19ºC e 33ºC. Em Vitória, no Espírito Santo, os termômetros ficam entre 22ºC e 33ºC.

Efeitos do El Niño

Um relatório divulgado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) em novembro já apontava que o El Niño, mais forte nesta temporada, deve perdurar até abril de 2024 e chegar ao seu pico neste fim de ano.

O fenômeno, marcado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico, é um dos principais responsáveis pelos eventos extremos notados no Brasil em 2023, como as ondas de calor no Sudeste, a estiagem na Amazônia e os temporais no Sul.

A expectativa, em geral, dos climatologistas é de que esses recordes de altas temperaturas e os eventos climáticos atípicos, como ciclones e alagamentos, devem ocorrer com ainda mais frequência e intensidade neste mês de dezembro e nos próximos.

O aquecimento global é um dos principais fatores que tem intensificado o El Niño nesta temperada e, consequentemente, seus efeitos.

“Com certeza, o verão será muito quente, porque estamos com um El Niño de intensidade forte e, também, na fase positiva do Dipolo do Oceano Índico (fenômeno oceanográfico meteorológico que afeta o regime de chuvas e o clima na Ásia), contribuindo (para esse calor)”, disse Karina Bruno Lima, doutoranda em climatologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), ao Estadão, em reportagem veiculada no mês passado.

São esperadas secas ainda mais intensas no Norte e no Nordeste, assim como mais temporais no Sul. Além disso, a união entre o efeito do El Niño e o verão – estação que já é, por si só, quente – deve intensificar ainda mais as ondas de calor extremo.

Com informações da Agência Estadual de Noticias e Climatempo.

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