Nutricionista explica diferença entre pitanga e acerola, frutas disponíveis à população em passeios públicos

Em Maringá, Cidade Árvore do Mundo, é possível encontrar muitas árvores frutíferas em calçadas. Nesta época do ano, por exemplo, é comum pés carregados de pitanga e acerola, frutas silvestres com alto teor de vitamina C.
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Na Zona 5, por exemplo, pés de pitanga e acerola estão carregados e enchem as calçadas de colorido.
A pitanga e a acerola são frutas silvestres e vermelhas. A pitanga tem a superfície em gomos e a acerola é mais lisinha. As duas são ricas em vitamina C e o consumo in natura é um bálsamo para a saúde. A nutricionista Ana Paula Souza explica os benefícios das frutas.
As duas frutas são silvestres, ricas em vitamina C e pobres em carboidratos, portanto não elevam o índice glicêmico e fazem bem à saúde. Dez acerolas fornecem cerca de 1 grama de vitamina C, mas cinco unidades já garantem boa absorção. A pitanga também é rica em antioxidantes, tem sabor mais doce, ajuda a reduzir a pressão arterial e suas folhas podem ser usadas em chás para imunidade e respiração”, diz.
Os pés de acerola e pitanga podem dar frutos mais de uma vez ao ano se forem bem irrigados. Mas a safra principal é agora na primavera.
Quem passa perto de árvores carregadas de frutas tem que aproveitar. Comer a fruta no pé é a melhor forma de consumir.
“Depois de colhida, qualquer alimento começa a perder nutrientes. Ao consumir a fruta na hora, você aproveita tudo o que ela oferece. Além disso, a fruta é muito mais eficiente do que uma vitamina em cápsula, porque nossas células absorvem melhor os nutrientes naturais do que os medicamentosos. Assim, o corpo entende e utiliza de forma mais completa as vitaminas e minerais presentes na fruta”, explica.
Dá para fazer suco também, uma forma de concentrar as vitaminas.
“No suco, os nutrientes ficam mais concentrados, mas é importante não adicionar açúcar, porque isso eleva o índice glicêmico, mesmo que a bebida seja rica em vitamina C. Uma alternativa é bater a acerola com frutas naturalmente doces, como goiaba madura ou melancia”, diz.
O plano de arborização de Maringá permite o plantio de algumas espécies de árvores frutíferas em passeios públicos, mas o Plano de Gestão da Arborização Urbana (PGAU) de Maringá está passando por revisão e só algumas espécies de frutíferas nativas serão permitidas em passeio público. São elas: araçá, cereja-do-rio-grande, grumixama, guabiroba, ingá, uvaia e pitanga.
O plantio de acerola não será mais permitido. Além disso, apenas calçadas menores poderão receber mudas de árvores frutíferas. O objetivo é evitar transtornos em passeio público, como a atração de insetos, resíduos em bueiros e quedas provocadas por frutas apodrecidas. As mudanças serão implantadas gradativamente.
