O futuro da produção de carne está na pecuária sustentável
A edição sobre pecuária do OAGRONÃOPARA, evento realizado pela Sociedade Rural de Maringá e a GMC Eventos, com apoio da CBN Maringá, empresas do Grupo Maringá de Comunicação, teve como convidados o diretor técnico da Associação Brasileira de Criadores de Zebu, Gabriel Garcia Cid, a presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon, Simone Bianchini e o presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski.
Os convidados lembraram logo de início a importância da pecuária para o desenvolvimento do país. Ainda mais num momento como este, em que a economia está abalada com a pandemia do coronavírus.
E se a produção de alimentos, o agro, move o mundo, a pecuária tem seu papel fundamental para que o país não pare.
E neste sentido a pandemia contribuiu para que a população enxergasse com nitidez que é da roça que sai o alimento, disse o presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski.
“Não tem melhor remédio para o povo […] de que uma boa alimentação, saudável, equilibrada. Eu sempre digo lá no meu rancho que a melhor prevenção que nós podemos dar aos nossos animais, não é um medicamento que entra pelas veias […] e, sim, pela alimentação que nós damos a eles. E, nós, seres humanos, não somos diferentes”, comentou Dzyekanski.
E o mundo vai precisar produzir mais carne e em menos espaço.
“Nós precisamos produzir mais com menos, ou com o mesmo, nós não temos mais terras disponíveis […]. Visando uma economia alimentar, uma economia de área de terra, para que a gente consiga, com sustentabilidade, dar sequência a essa produção que o mundo tanto precisa”, completou o presidente da Associação Brasileira de Angus.
O Brasil já está neste caminho, com pecuária de qualidade em processos de produção sustentáveis. disse a presidente da Associação Brasileira de Criadores de Devon, Simone Bianchini.
“O agronegócio tem trabalhado já com esse sistema de saber se todos os seus funcionário estão bem, trabalhando dentro das técnicas exigidas hoje. Se as crianças que moram nas fazendas, com seus pais, vão à escola. Todo esse trabalho, as associações estão montando uma visão para dar essa sustentabilidade ao agronegócio, com maiores condições para todos trabalharem e ter uma carne que venha, realmente, de um trabalho bonito, com firmeza e com tranquilidade”, explicou Simone.
Segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), o Brasil ocupa 19% do território com pastagens. O diretor técnico da Associação Brasileira de Criadores de Zebu, Gabriel Garcia Cid, diz que está provado que tanto o conforto animal, quanto as boas práticas de manejo, dão retorno econômico e garantem uma produção sustentável.
“[O programa] ‘Carne de Qualidade’ visa também juntar as boas práticas sustentáveis de manejo e comprovar isso, economicamente, para o produtor, para o pecuarista. É um programa que lançamos em maio […], com o objetivo de avaliar o sistema de produção de carne bovina nacional”, disse Cid.
Por causa da pandemia, muitas feiras agropecuárias foram canceladas. Segundo Simone Bianchini, o setor lamenta, mas entende que a pecuária vai resistir e saíra forte da pandemia porque o agro vai levantar a economia do país.
E a pecuária sairá com a imagem fortalecida perante a população acredita Gabriel Garcia Cid.
“Já sabiam de alguma forma, mas, agora, enfim, de verdade é um setor que não parou, não pode parar. Estaríamos realmente em crise se tivesse parado o setor de produtor de alimentos, de carne, de grãos”, afirmou Cid.
É um reconhecimento merecido, acrescenta Nivaldo Dzyekanski. “O ser humano precisa da alimentação. Fica, ainda, a lição de que a gente deve valorizar mais os recursos disponíveis”, disse.
O evento foi mediado pelo jornalista Sérgio Mendes do CBN Rural com participação da presidente da Sociedade Rural, Maria Iraclézia de Araújo.
Assista ao evento:
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