O que esperar do show do Ira! em Maringá? Nasi responde

Por Redação GMC Online Publicado 27/08/2024 às 10h36

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De volta a Maringá, o Ira! vai se apresentar no próximo sábado, 31 de agosto, no evento chamado “Rock e Beer” no centro de eventos Paraná Expo (PR-317, Km 5). Na mesma noite, além dessa icônica banda paulistana, mais dois nomes de peso: CPM22 e Di Ferrero.

Formado nos anos de 1980, durante o período de efervescência do rock no Brasil, o Ira! viveu (e ainda vive) os principais momentos do estilo, legando ao mesmo tempo discos radiofônicos como “Vivendo e não aprendendo” (1986) e “Acústico MTV: Ira!” (2004); e experimentais, às vezes “malditos”, caso de “Psicoacústica” (1988) e “Você não sabe quem eu sou” (1998). São canções como “Envelheço na cidade”, “Flores em você”, “Farto do rock’n roll” e “Às vezes, de vez em quando”.

Um pouco de tudo isso será apresentado na Cidade Canção. “Preparamos um panorama da nossa carreira. Óbvio, com todos os sucessos que não podem faltar nos shows”, diz o vocalista e compositor Marcos Valadão Ridolfi, o Nasi, em entrevista ao jornal O Maringá. Ele é um dos fundadores da banda, ao lado do guitarrista e compositor Edgard Scandurra. Ambos são o núcleo base da atual formação, que tem ainda o multi-instrumentista Johnny Boy no baixo e Evaristo Pádua na bateria.

Além dos hits, Nasi adianta que a apresentação no Paraná Expo deve incluir alguns “lado B” da banda paulistana, como “Vitrine Viva” (do seminal “Vivendo e Não Aprendendo”) e “Advogado do Diabo” (do hoje elogiadíssimo “Psicoacústica”). Aliás, esta faixa tem uma batida urbana, um ritmo sincopado, que abriu caminho para o Rap no Brasil, principalmente no mainstream.

Disco de 1986, um dos clássicos do rock nacional | Foto: Reprodução

20 anos do Acústico

Em 2024, o “Acústico MTV” do Ira! completa 20 anos. É um trabalho de revisitação do repertório da banda em versões desplugadas que fez muito barulho à época, tornando-se um dos maiores sucessos comerciais e populares do grupo liderado por Nasi e Scandurra. Não por sinal, o vocalista avisa que eles têm planos de fazer um revival desse projeto acústico.

“As pessoas até hoje comentam como seu disco preferido”, diz Nasi, destacando que é um trabalho bacana e de muita repercussão. “E atingiu um público do que quem curtia rock”, reconhecendo que o acústico tem a capacidade de falar com várias gerações e diferentes gostos. “Renovou o nosso público, numa época em que o Ira! retornava depois de uns anos 90 muito irregulares”.

Desse disco ao vivo, destaque para faixas como “O Girassol”, “Eu quero sempre mais”, “Tarde vazia”, “Flerte fatal”, entre tantas.

Por enquanto, a turnê comemorativa ainda não tem data definida.

Álbum sem o ponto de exclamação

Em 2020, o Ira! lançou seu álbum de estúdio mais recente de inéditas, chamado simplesmente de “IRA” (sem o ponto de exclamação). Muito elogiado por crítica e público, possibilitou novo frescor de criatividade à banda. Porém, foi prejudicado pela pandemia de Covid-19 que impediu a realização de turnês naquele período.

Ou seja, a banda não pôde pegar a estrada para fazer shows baseados no “IRA”. “Tocamos algumas músicas durante o show. Mas nada, infelizmente, que fosse à altura. Quem sabe algum dia a gente faça alguns shows temáticos sobre esse disco”, explica o vocalista.

Novidades

Em relação a novidades da banda, Nasi diz que ainda é cedo para divulgar. No momento, ele tem trabalhado discos solos. Por exemplo, em 2024 lançou o álbum “RockSoulBlues”, naquela vertente que lhe é muito cara de blues/soul e canções de matriz africana.

“Estou mixando um disco ao vivo [de sua carreira solo], que vai ser lançado no ano que vem”, acrescentando que o Ira! pode esperar algum momento para lançar um álbum novamente ou quem sabe um single.