
Com 40 anos de trajetória, a Orquestra Sinfônica do Paraná se apresentou no Teatro Calil Haddad na noite desta quarta-feira, 15, com entrada gratuita, dentro da programação do Festival de Música de Maringá. Com ingressos esgotados, o público que lotou o teatro se emocionou.
- Entre no canal do GMC Online no Instagram
- Acompanhe o GMC Online no Instagram
- Clique aqui e receba as nossas notícias pelo WhatsApp.
O concerto que integrou a agenda estadual da orquestra entregou à plateia uma noite de celebração aos grandes mestres do período clássico, como conta o maestro Alexandre Brasolim.
“Nós escolhemos quatro compositores importantes do início da música sinfônica: Händel, Haydn, Mozart e Beethoven. Haydn, Mozart e Beethoven formam um trio especial, porque Haydn foi professor dos outros dois. É possível perceber semelhanças nas obras deles, já que pertencem à mesma escola. Cada um desenvolveu seu próprio estilo, mas a base vem de Haydn, que escreveu mais de 100 sinfonias e praticamente criou a estrutura da música sinfônica, que depois foi ampliada pelos demais”, diz.
A apresentação da Orquestra Sinfônica do Paraná na Cidade Canção faz parte da programação do Festival de Música de Maringá, que tem espalhado apresentações musicais pela cidade, tudo de graça. O maestro destaca a importância de levar a música sinfônica a diferentes regiões para democratizar o acesso à cultura e estimular novos talentos.
“Ver alguém realizar esse sonho pela primeira vez emociona, porque eu também comecei assim. Sou de uma família de músicos e foi assistindo a uma apresentação no interior que decidi seguir esse caminho. Por isso, acredito que esses concertos despertam vocações: há jovens estudando instrumentos que, ao verem uma orquestra de perto, encontram a inspiração que faltava para seguir em frente”, afirma.
A aposentada Ângela Maria Lima Carvalho veio de Manaus para morar em Maringá há três anos e se emocionou. “Lá nós temos um dos teatros mais bonitos do Brasil e sempre tem essas apresentações. E quando eu soube, através do meu marido, que ia ter essa apresentação, eu fiquei muito feliz. Eu amei! Ao mesmo tempo que eu assistia eu mandava vídeo pro meu pai e pras minhas irmãs porque é um momento de muita alegria que eu senti e eu quis compartilhar essa emoção. Eles tocam como os anjos. Se eu pudesse abraçá-los eu diria para eles que eles continuem fazendo isso porque é maravilhoso. E a gente queria dar um aleluia e um glória a Deus bem grande pela alegria que eu estava sentindo essa satisfação, mas por uma questão de ética e educação a gente tem que só sentir”, diz.
Aos 43 anos, a servidora pública Cleidiane Pereira, assistiu a apresentação de uma orquestra pela primeira vez. “É emocionante, parece que a gente está vivendo a cena, vivendo a música. Conforme eles vão tocando, parece que a gente está vivenciando um momento, um filme, algo desse tipo”.
Além dos maringaenses, muita gente da região esteve na plateia. É o caso da servidora pública Ludmila Machado, 43, que trabalha no Instituto Federal do Paraná em Paranavaí e veio para Maringá com uma turma de alunos e a professora de artes. “Eu achei fantástica, porque como eu não conhecia, eu fiquei encantada. E a professora também foi me dando dicas durante a apresentação, na hora que podia falar. Então foi fantástico. Superou as expectativas”.
Joaquim Perini, de 10 anos, filho de Ludmila, também assistiu ao espetáculo. Ele gosta de rap, mas descobriu ali que também gosta de música clássica. “Eu achei muito boa, achei que retratou bem o que eu queria ver. Eu gosto de todos os tipos de música”, diz